No âmbito da celebração do mês do “Herói Nacional”, e, em sequência da sua agenda cultural, o Memorial Dr. António Agostinho Neto (MAN), realiza amanhã a conferência “A raiz do pan-africanismo”, a partir das 15 horas, no seu auditório, em Luanda
A conferência que terá como tema central “A raíz do pan-africanismo” será moderada pelo arquitecto angolano, Kahina Ferreira, e vai abordar questões sociológicas, políticas e culturais vinculadas ao movimento africano.
De acordo com o comunicado de imprensa acedido por este jornal, a conferência visa promover um debate em torno das instituições críticas, académicas, investigadoras do Estado e da sociedade, em geral, sobre a origem da referida doutrina.
Neste encontro serão ainda desenvolvidas temáticas como a “Retrospectiva histórica e evolutiva do pan-africanismo; Perspectiva analítica do pan-africanismo; Perspectiva do “status de África”, argumentos estes que serão abordados por diferentes especialistas da nação africana.
De igual modo, durante o evento, levantar-se-ão outras questões como o contributo da célebre figura do Dr. António Agostinho Neto, e as ideias ligadas ao movimento.
Isso, um legado deixado através das suas obras literárias e discursos políticos, sobre tudo no que diz respeito à libertação do continente africano dos impérios coloniais e a valorização da dignidade cultural africana.
Movimento Pan-africanista
O pan-africanismo foi uma ideologia que defendeu a emancipação da população negra da opressão em que vivia, um movimento que surgiu durante o período do imperialismo do século XIX e defendia a emancipação da população negra, a luta contra o racismo e por melhores condições de vida.
Uma doutrina ou movimento que se originou na busca do desenvolvimento, da unidade e da solidariedade entre os países africanos.
O líder angolano Agostinho Neto recorreu ao panafricanismo com o objectivo de conclamar as populações negras de diferentes países, a apoiar as lutas pela igualdade e independência.
Neto, que era um pan-africanista moderado, nunca chegou aos extemos, e defendia uma luta integrada por todos que idealizavam uma Angola independente.
Por sua vez, o memorial Dr. António Agostinho Neto, no âmbito das suas competências, que se baseiam em investigar, preservar, perpetuar e divulgar a vida e obra do primeiro Presidente de Angola, vai realizar esta conferência como forma de preservar a imagem política e cultural do fundador e líder da luta de libertação nacional.