A oposição togolesa convidou as populações a aderirem a um dia nacional de tumulto, hoje, 29 de Dezembro, para exigirem o regresso à Constituição de 1992 ou a demissão do chefe de Estado, Faure Gnassingbé, constatou a PANA no local. O convite da oposição, que se manifesta cada semana para este desiderato, foi lançado no termo duma marcha organizada Quarta- feira e que mobilizou vários milhares de pessoas.
Durante estes dias nacionais de tumulto, as populações são chamadas a tocar em qualquer objecto que possa fazer barulho, das 12 às 14 horas, a fim de interpelar o regime no poder para tomar consciência das preocupações do povo atinentes às reformas institucionais e constitucionais. Na Quarta-feira última, primeiro dia de manifestação da semana, a oposição mobilizou uma grande multidão com as mesmas reclamações, precisamente o regresso à Constituição de 1992, a libertação das pessoas detidas devido às suas acções políticas, o voto da diáspora e a revisão do quadro eleitoral.
Esta Quinta-feira e Sábado próximo, manifestações serão organizadas com a apoteose antes do fim do ano, indica-se no local. No entanto, o diálogo projectado para pôr termo à crise está num impasse porque o regime no poder e a oposição se desentendem sobre o formato e a questão da mediação. Há quatro meses, o Togo atravessa uma crise devida a não aplicação das reformas institucionais e constitucionais decididas em 2006 com base no Acordo Político Global (APG) então concluído entre as duas partes.Esta crise, refere-se, já fez 20 mortos e vários feridos além das populações, sobretudo no norte do país, que se refugiaram no Gana e no Benin.