Paz é paz e ponto final, mas a que hoje comemoramos está em ponto de amadurecimento, porque a festejamos num ano, pela primeira vez, em que não somos presididos pelo homem a quem se lhe atribuiu a arquitectura, José Eduardo dos Santos. Uma obra de que nenhum angolanos se quer desfazer. E que assim seja, eterna, como a quer João Lourenço, o actual Presidente. Tal como a quererão, seguramente, Lukamba Gato, o homem que liderava a UNITA depois da morte de Savimbi, e todos os militares. E que a paz se comemore com qualquer governo que venha, com qualquer Presidente, com qualquer partido. E que na sua manutenção os angolanos consigam manter-se naquilo que são de melhor, fazendo história como os militares dos dois exércitos que se combatiam e que ao som do “apito” final, político, souberam baixar as armas e nunca mais voltar à guerra. Um acto de disciplina com poucos exemplos no mundo e na história. Paz é paz, festejemo-la, é o que de melhor conquistamos para nós. É o sagrado que devemos manter.