Caro director, caros jornalistas ilustres do jornal OPAÍS, Começo por agradecer o trabalho de todos os jornalistas angolanos, os de verdade e em especial os vossos, neste jornal que todos os dias satisfaz as nossas necessidades de informação. Estão a fazer um trabalho muito importante para os angolanos.
POR: Francisco Emílio
Escrevo para a Carta do Leitor e pergunto ao Governo se não pode fazer voltar a EDEL, porque com a ENDE nada mudou. Está tudo igual. Ao menos com a EDEL já sabíamos que era uma empresa de liga e desliga. Com a ENDE tivemos novas esperanças, principalmente porque anunciaram novas barragens, novas centrais térmicas e a central do Soyo. Tudo enfeitado com números exorbitantes de milhões e milhões de dólares e até agora nada. Continuamos na luz vai, a luz vem. Quem mora para os lados de Camama, como eu, já sabe até as horas em que virá o corte, embora não tenha sido anunciado oficialmente. É irritante. Se pensaram que íamos ficar habituados, se enganaram, nos habituamos, mas também refilamos. Já estamos fartos dos apagões e das suas consequências nas nossas casas, nos aparelhos que se estragam, na comida que se estraga e também na segurança que vai, porque os bandidos aproveitam-se do escuro para fazer das suas. Isso não é novidade para ninguém. Agora que o combustível subiu e o dinheiro está escasso, mais uma razão para não nos castigarem mais, não há orçamento familiar que chegue para dar de beber ao gerador todos os dias. Ou então, é melhor declarar algumas zonas como zonas escuras, que nunca têm luz e outras como zonas claras. Até que se criem condições para pôr luz nas zonas escuras, mas só de forma definitiva. Parece que nesta onda de melhorar o que está bem e corrigir o que está mal esqueceram-se da área da energia. Não estão nem a melhorar, nem a corrigir. Estamos mal, como sempre.