O sinpRof diz ainda que, em caso de o Executivo não aprovar o Estatuto da Carreira Docente e continuar “intransigente na resolução dos seus fundamentos”, os professores voltarão a paralisar as aulas em Junho de 2018
Os professores do ensino não universitário de escolas públicas e comparticipadas, de todo país, voltarão a cruzar os braços de 9 a 27 deste mês, como forma de demonstrar a sua insatisfação com a não aprovação do Estatuto da Carreira Docente, entre outros diplomas, anunciou o SINPROF.
Esta decisão foi tomada depois de consultados os professores em assembleias de trabalhadores realizadas em todo o país, pelos secretários gerais provinciais, na reunião realizada no dia 30 de Março de 2018, em Luanda, presidida pelo presidente do SINPROF, Guilherme Silva.
Os sindicalistas dizem, em nota de imprensa, que a decisão está enquadrada na deliberação saída da reunião do Conselho Nacional realizada o ano passado, na província do Bengo, que previa a realização de uma greve nos dias 9 e 10 de Novembro. “Deliberou-se em retomar a greve nacional por tempo determinado (interpolada), suspensa no dia 28 de Abril de 2017, paralisando as aulas em todo território nacional”, lê-se no documento enviado a OPAÍS.
Dizem que, deste modo, além de demonstrarem a insatisfação dos professores pela não aprovação do Estatuto da Carreira Docente, visam também rejeitar a estratégia do Ministério da Educação (MED) de priorizar o concurso público de admissão de novos professores em detrimento da actualização de categorias dos professores em serviço.
“A mesma terá abrangência em todos os estabelecimentos escolares públicos e escolas comparticipadas do sub-sistema do ensino não universitário do País, a partir das 7 horas do dia 9 de Abril de 2018”. O SINPROF diz ainda que, em caso de o Executivo não aprovar o Estatuto da Carreira Docente e continuar intransigente na resolução dos seus fundamentos, os professores voltarão a paralisar as aulas em Junho de 2018.