Produtores aumentam capacidade de produção após serem financiados pelo banco Mundial e bancos comerciais no âmbito do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial de Angola (PDAC)
Segundo o proprietário da fazenda Barroso, Fernando Bingui, com o financiamento dos bancos o seu grupo de trabalho conseguiu ter uma colheita de mais de 300 toneladas no cultivo de 68 hectares, por conta da ajuda do PDAC que tem sido eficiente, sem descurar que tem dado supor- te para o alavancar da produtividade daquela unidade agrícola.
Na primeira época, a previsão foi da plantação do feijão, pelo que cultivou-se, também, seis hectares de soja, facto que nunca terá acontecido antes, tendo acrescentado que a experiência tem sido positiva. Por seu turno, José Diogo, proprietário da Fazenda Diogo Zidne, disse que não é possível fazer comparação com os tempos passa- dos, época na qual tinham de produzir com fundos próprios, sendo que, conseguiam apenas produzir meio hectar por falta de condições, pelo que as plantações acabavam por não brotar. “Actualmente, estamos bem consolidados com o fundo do PDAC”, disse José Diogo.
O representante do PDAC no Cuanza-Norte, Elias Mouzinho, considera que as fazendas do Cuanza Norte, financiadas desde 2021, já têm bons frutos das colheitas da produção de grãos, especifica- mente na cultura do milho. “Olhando mais para trás os produtores faziam no mínimo um a três hectares, hoje com todo o processo de financiamento na base do PDAC estamos a constatar a produção acima dos 20 hectares da cultura do milho”.
Incentivo ao aumento da produtividade
Visando melhorar a capacidade do agronegócio e incentivar o aumento da produtividade e a com- petitividade produtiva, 11 empreendimentos agrícolas qualificados, localizados nas províncias de Cuanza-Sul, Cuanza Norte e Malanje, iniciaram, recentemente, as actividades estabelecidas nos planos de negócios.
O PDAC deu início ao processo de desembolso do Financiamento Co-Participado destinados aos empreendimentos agrícolas, nomeadamente a fazenda Lutete, fazenda Florinda, fazenda António Neves, Ajomal Lda, Fernando Barroso e Sorriso Alegre em Malanje (Cacuso e Malanje), SASM-Agro- pecuária na província do Cuanza Norte, Beatriz Cafugueno (Lucala), Dira Damilton, fazenda Epandi, Aqua Dandi Ya Longa, fazenda Pascoal Miranda e Fazenda Ma- ti na província de Cuanza Sul (Cela, Quibala e Amboim), respectivamente.
No decurso deste processo tiveram assistência técnica especializada prestada pela empresa Incatema Consulting & Engineering e pelo consórcio BRLi&SIRIUS, que permitiu identificar, avaliar e apoiar as ideias de negócios sustentáveis, apoiar tecnicamente a formulação dos planos de negócios, bem como capacitar produtores para a introdução de inovação e tecnologias adequadas ao desenvolvimento das cadeias de valor do mi- lho, feijão e soja.
O volume global de investimendito, o Banco Sol e o Banco de Fomento Angola (BFA), participaram na análise e financiamento dos planos de negócios, no âmbito da parceria desenvolvida com o PDAC. Nestas acções, durante o último trimestre, 121 colaboradores foram capacitados, sendo 25 mulheres e 96 homens.to associado aos 13 planos de negócios em fase de implementação ascende a USD 3.769.798,28 dos quais USD 1.409.355,40 têm a ver com Financiamentos Co-Participados do PDAC. O Comité Técnico de Investimentos, o Fundo de Garantia de Crédito, o Banco Sol e o Banco de Fomento Angola (BFA), participaram na análise e financiamento dos planos de negócios, no âmbito da parceria desenvolvida com o PDAC. Nestas acções, durante o último trimestre, 121 colaboradores foram capacitados, sendo 25 mulheres e 96 homens.
Plano de Negócio
De acordo com o documento, o PDAC recebeu um total de 72 Planos de Negócios, 43 PN do Corredor A e 30 do Corredor b, sendo que o CtI apreciou um total de 58 PN, pelo que os remanescentes (15 PN) estão em fase de análise na UIP. Entretanto, para apreciação dos bancos Comerciais, o PDAC submeteu um total de 43 PN, tendo até à data aprovado um total de 20 PN (6 – banco SoL e 14- bfA), actualmente em fase de formalização e desembolso.
O total de Planos de Negócios aprovados pelo PDAC e bancos comerciais é de 27, destes, 13 PN estão já em fase de implementação.o Comité técnico de Investimentos, o fundo de Garantia de Crédito, os bancos Sol e banco de fomento Angola (bfA), participaram da análise e financiamento dos planos de negócio, no âmbito da parceria desenvolvida com o PDAC.
De realçar que o PDAC é um projecto do Governo da república de Angola implementado pelo Gabinete de Estudos Planeamento e Estatísticas do Ministério da Agricultura e Pescas, com apoio do banco Mundial e da Agência francesa de Desenvolvimento (AFD).
POR: Francisca Parente