A Organização Mundial da Saúde (OM S) criticou a China por suposta falta de transparência quanto às origens da pandemia, provocando uma resposta do Centro Chinês para Controlo e Prevenção de Doenças
A China acusou a Organização Mundial da Saúde (OMS) de politizar a busca das origens da Covid-19 após ela ter criticado Pequim por falta de transparência, disse no Sábado (8) o jornal chinês South China Morning Post.
A agência das Nações Unidas exortou a China a fornecer os dados brutos que apontavam a uma possível origem em animais selvagens, dados que haviam sido carregados num banco de dados e que supostamente não foram compartilhados com a OMS e a comunidade científica internacional.
A OMS acredita que a China tem muito mais informações que poderiam lançar luz sobre as origens da doença, que matou milhões de pessoas nos últimos anos.
“Exortamos as pessoas relevantes da Organização Mundial da Saúde a voltar a uma postura científica e imparcial, e a não se tornar activamente ou ser forçada a se tornar uma ferramenta para certos países politizarem as origens da Covid-19”, disse no Sábado (8) Shen Hongbing, director do Centro Chinês para Controlo e Prevenção de Doenças.
Falando numa conferência de imprensa no Escritório de Informação do Conselho de Estado da China, ele mencionou a investigação preliminar conjunta entre a China e a OMS realizada, em Wuhan, em 2021, destacando que a China forneceu “todas as informações relevantes sobre as origens que tinha na época, e não escondeu nenhum caso, amostras ou resultados de testes e análises”.
“Recentemente, funcionários e especialistas individuais da Organização Mundial da Saúde expressaram as suas opiniões e negaram precipitadamente os resultados daquela época, o que é completamente contra o espírito da ciência, é intolerável para a comunidade científica chinesa e não pode ser aceite pela comunidade científica global”, argumentou Shen.