Quando se começou a falar de forma mais séria de cibersegurança e de legislação para a Internet e redes sociais em Angola, de imediato emergiram vozes que, num grande ruído, se opunham a tudo o que fosse proposto, em nome da liberdade de expressão e de informação. Tinham razão. E não tinham. A facilidade com que os terroristas ainda se movimentam na Internet, recrutando, instruindo e promovendo matanças, e agora a revelação de como foram manipuladas milhões de pessoas na campanha eleitoral norte-americana a favor de Donald Trump no Facebook, vêm revelar e confirmar que à actividade humana, infelizmente, tem de se pôr limites e regras para garantir a liberdade de todos. E uma vez mais fica a lição: fundamentalismos não são bons, ainda que em nome da liberdade.