O sector das Pescas pretende ajustar os custos de transporte e diminuir as perdas pós-captura, apostar na formação dos pescadores, processadores e comerciantes sobre as novas tecnologias e técnicas em gestão de negócios, referiu a ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto.
A ministra fez tais pronunciamentos na sessão de apresentação dos relatórios preliminares dos estudos para o projecto de Apoio à Pesca Artesanal e Aquicultura (AFAP), financiado pelo Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas, com USD 11,1, e USD um milhão, por parte do Executivo, para um projecto que beneficiará mais de 10.000 pescadores artesanais das províncias de Luanda, Bengo, Cuanza- Norte e Malanje. Explicou que nesta altura continuam empenhados em implementar toda a cadeia produtiva da aquicultura nessas localidades, incentivando o surgimento de pequenas indústrias de processamento que representam um valor acrescentado à pequena produção. Revelou ainda que os estudos permitirão ao Ministério das Pescas e do Mar monitorizar o projecto e fornecer informação qualitativa sobre o seu desenvolvimento.
Acrescentou que o projecto poderá intervir de forma eficaz nas necessidades mais urgentes e na implementação estratégica de acções práticas sobre os meios de subsistência e desenvolvimento rural, segurança alimentar e nutricional, contribuindo assim para a redução da pobreza. Referiu que é pretensão do Executivo contribuir para o desenvolvimento sócio-económico das comunidades rurais, aumentando os seus rendimentos a partir da actividade pesqueira em águas interiores, incluindo a piscicultura, para reduzir a sua vulnerabilidade.
Mais de USD 47 milhões investidos
O FIDA investiu em Angola, desde 1991, USD 47,2 milhões de dólares destinados a cinco programas e projectos que já geraram investimentos na ordem dos USD 101,6 milhões, beneficiando acima de 201.600 agregados familiares. Na mesma ocasião, a coordenadora da AFAP, Ana de Sousa Queiroz, disse entender que “os estudos apresentados permitirão agir de forma mais objectiva e produtiva nas comunidades, contemplando todas as mulheres envolvidas na cadeia produtiva”. Serão reforçados os projectos nas 35 aldeias, bem como efectuadas formações nas comunidades para fazer face aos resultados dos estudos. O projecto prevê criar condições para a melhorar o fornecimento de insumos para a produção de alevinos de qualidade e ração piscícola, bem como uma melhor adequação das infraestruturas de cultivo, visando alcançar elevados níveis de produção e a consequente a comercialização dos produtos das comunidades rurais. O projecto beneficia igualmente cinco mil processadores e pequenos comerciantes rurais ligados à comercialização do pescado, bem como 800 famílias que desenvolvem a aquacultura de pequena escala, com destaque para mulheres chefes de família, jovens e pessoas adultas provenientes de grupos vulneráveis.
800 Famílias que desenvolvem a aquacultura de pequena escala, com destaque para mulheres chefes de família.
101,6 Milhões é o valor de investimento gerado em cinco projectos financiados, tendo beneficiando mais de 201.600 famílias.
10 Mil pescadores artesanais das províncias de Luanda, Bengo, Cuanza-Norte e Malanje beneficiarão do financiamento para projectos da aquicultura e pesca artesanal.