Presidente norte-americano vai anunciar uma série de novas medidas para combater o que há vários meses considerou uma “emergência de saúde pública”: a dependência às drogas.
A pena de morte para grandes traficantes de droga estará entre as possibilidades admitidas pelo novo plano de Donald Trump para combater o que o Presidente dos EUA considerou, há quatro meses, uma “epidemia” e uma “emergência de saúde pública”: a dependência às drogas e as mortes por overdose. A hipótese foi confirmada pela própria Casa Branca — pelo director do Conselho de Política Interna, Andrew Bremberg — em antecipação ao anúncio que terá sido feito ontem, Segunda-feira, 19, por Trump num evento em New Hampshire.
Segundo a CNN, o plano de Trump chama-se “Iniciativa para acabar com o abuso de opiáceos e reduzir a oferta e procura de drogas”. O enfoque do plano é dotar as polícias de mais meios, apostar na prevenção e na educação (através de campanhas ambiciosas de sensibilização), a utilização de fundos federais para financiar tratamentos de dependência de drogas e apoios à empregabilidade daqueles que estão em tratamento. A medida que está, porém, a provocar mais controvérsia é a hipótese fim de os grandes traficantes poderem vir a ser condenados à pena capital, “nas situações em que for apropriado, no âmbito da legislação actual”, explicou o director da Casa Branca que coordena este dossier.
Esta é uma possibilidade que Donald Trump já admitiu em vários discursos que fez nos últimos anos, mas é a primeira vez que a pena de morte para traficantes de droga aparece num plano oficial da Administração Trump. O objectivo é endurecer as penas contra os grandes traficantes, que Trump acredita que não são suficientemente castigados. “O seu plano vai apostar no endurecimento das penas contra aqueles que trazem o veneno às nossas comunidades”, declarou uma fonte ligada ao processo à CNN.