Caro director. Antes de mais quero expressar o meu apreço pelo vosso jornal e desejo votos de bom trabalho à equipa que produz este importante produto informativo, diariamente.
POR: Velda Guedes
Escrevo para vós, em ordem a exprimir a minha tristeza por conta do conhecimento de muitas ocorrências que metem pelo meio agentes da Polícia, supostamente os garantes da Ordem e Traquilidade das populações e segurança dos seus bens. A última ocorrência do Lar do Patriota em que o comandante policial do referido distrito urbano assassinou dois colegas, subordinados, na própria viatura de serviço mexeu muito comigo e acredito com outro qualquer ser mortal, logo sensível. Senhor ministro do Interior, Senhor comandante geral da Polícia Nacional, foi muito triste ouvir o irmão da vítima do assassinato por parte do comandante da unidade do distrito do Patriota, dizer que a Polícia começou por instruir um processo viciado à partida para ilibar de culpas o oficial, superior, “por supuesto”, como se diz em espanhol, culpado, criminoso. A Polícia geralmente se assume como uma entidade corporativista, como fazem questão de afirmar publicamente. Para mim isso resume-se na ideia segundo a qual “Polícia não fatiga Polícia”, salvo se estiverem em jogo grandes interesses, de grandes maiorais. Senão, como entender que um oficial superior tenha uma tal atitude? Ele que devia ser o condutor de homens por excelência, cai em beberronias e assassina os seus subordinados? Alguma coisa vai mal no âmbito da selecção dos efectivos policiais. Sugiro ao ministro do Interior e ao comandante-geral que, doravante, se contratem , para integrar a Polícia, pessoas íntegras. Por que não passarem por testes psico-técnicos rigorosos para igressar nos quadros da Polícia? Se os pilotos passam por ai, qual a dificuldade em assumir o mesmo procedimento em relação a alguém que vai no seu dia-a-dia lidar com cidadãos, com vidas humanas? Está demais ouvirmos notícias que retratam o “fogo amigo “ da corporação em situações que não se justificam. A Polícia está pior que um antro de delinquentes, meus senhores! Tomem medidas. Saudações!