A Associação Provincial de Motocross de Luanda tem oito dias para retirar todos os meios existentes no Circuito Internacional Jorge Varela, no Gamek, na Estrada Pedro de Castro Van-Dúnem Loy, segundo a Administração Muncipal de Talatona.
POR: Sebastião Félix
A parcela de terreno onde roncam os motores carece de regularização jurídica nos termos da Lei de Terras vigente em Angola. O ofício com o número 0186/ GAB.AMT//2018 frisa que, até à presente data, o órgão que rege a modalidade na cidade capital ocupa também uma parcela que sempre teve uma expectativa jurídica por parte de um particular que concluiu a legalização em 2017. Deste modo, a Associção Provincial de Motocross de Luanda está impedida de exercer o seu direito ora constituído.
Posto isto, na sequência das diligências operadas pela Administração Municipal de Talatona a parcela de terreno do circuito internacional é de 68.812.45, segundo o Master Plan. Por sua vez, o presidente da Associação Provincial de Motocross, Carlos Soweto, os argumentos da Administração de Talatona estão aquém da verdade material, logo o senhor Mawete João Baptista não pode ser o proprietário do terreno. O responsável diz que têm documentos e que receberam aquele espaço em substituição do primeiro circuito, o Airton Senna, no Rocha Pinto, em 1999.
Na altura, o Governo Provincial alegava que estavam numa zona de risco, além de que o mesmo já foi cadastrado pelo Instituto de Planeamento e Gestão Urbana de Luanda (IPGUL). “O senhor Mawete João Baptista não pode dizer que o espaço é seu. Temos documentos. Conseguimos o circuito em 1999. Vamos provar isso publicamente com documentos”, assegura Carlos Soweto. O presidente da Associação Provincial alega que dos sete hectares e meio de terra, apenas metade tem sido utilizado, aliás é onde decorrem às provas, porque o resto do espaço foi invadido pelos populares. Por este facto, estão a negociar com os moradores de modo que ninguém saia a perder neste processo.