Em entrevista ao semanário Sol, a empresária angolana e filha mais velha de José Eduardo dos Santos critica a gestão de Carlos Saturnino na Sonangol, o sucessor que Isabel dos Santos chegou a demitir.
A empresária angolana e filha mais velha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos, voltou a criticar a actual gestão da petrolífera estatal angolana, a Sonangol, cujo Conselho de Administração presidiu até ser exonerada pelo actual Presidente, João Lourenço. Em entrevista ao semanário Sol, a empresária teceu várias críticas ao actual presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, homem que Isabel dos Santos chegou a demitir, em Dezembro de 2016, quando mandava na petrolífera.
“Ficou demonstrado o espírito de revanche que anima o actual Conselho de Administração da Sonangol, após a sua apresentação do balanço dos 100 dias, na qual o único foco foi o ataque pessoal aos administradores anteriores. Carlos Saturnino é um homem emotivo, vingativo e demonstrou pouca ética profissional”, disse Isabel dos Santos. A decisão tomada em Novembro pelo Presidente João Lourenço, de exonerar Isabel dos Santos da liderança da Sonangol coincidiu com a mesma medida para outros filhos de José Eduardo dos Santos. Nesse mês, também o contrato da Semba Comunicações, produtora de Tchizé dos Santos e José Eduardo Paulino dos Santos, foi cancelado por ordens superiores.
Mais tarde, já em Janeiro de 2018, também José Filomeno dos Santos foi exonerado do cargo de chairman do Fundo Soberano de Angola. Apesar destas decisões, Isabel dos Santos recusou estabelecer uma relação entre o facto de serem todos filhos do ex- Presidente e a tomada de posse de João Lourenço, que apenas escolheu pessoas da sua confiança para alguns sectores-chave da economia estatal angolana. “Ficaria muito surpreendida se houvesse alguma coisa contra alguém, como eu, que tanto acredita e investe no nosso país”, disse.