Cubanos e angolanos homenagearam, neste Sábado, a vida e obra de Fidel Castro, no dia do 1º aniversário da sua morte.
Por: Miguel José, em Malanje
A comunidade presente lembrou que Fidel desapareceu fisicamente no dia 25 de Novembro de 2016, mas foi nesta mesma data que ele voltou a nascer, sendo que em prova disso, a presença dos aficionados reflectiu como parte do grande movimento que vai eternizar a sua vida, implementando os seus ideais e multiplicando as suas obras.
O coordenador provincial da Missão Cubana em Malanje, Carlos Martinez, lembrou que, ao se celebrar o 1º aniversário do desaparecimento físico do invencível “El Comandante”, ainda estão frescas as imagens de Cuba, as suas honras fúnebres ao longo de todo país e a comoção pela irreparável perda que aperta o coração de milhões de cubanos, latino-americanos, homens e mulheres de todas as latitudes, comprometidos com a causa mais nobre do planeta. Asseverou que a imortalidade de Fidel Castro se reconhece em cada combate ganho durante a luta armada em território cubano e em outros países, como Angola, que acompanharam a sua vitória.
“As conquistas de Fidel em âmbitos militares, económicos, políticos, sociais, científicos, ambientais e outros, imortalizam a sua obra e o colocam na vanguarda das personalidades mais prestigiadas do século XX”, disse. Carlos Martinez referiu que no cenário actual o seu país vive afectado com a passagem do “Furacão Irma” e enfrenta manobras imperialistas que visam entorpecer o vínculo diplomático alcançado em Dezembro de 2014, com a anterior administração norteamericana, para golpear de forma oportunista o período de recuperação do sector económico cubano.
Mencionando a expressão de Fidel: “Yo los acompaño hasta los 90, después les toca a ustedes continuar”, interpretado como sendo uma profecia da sua própria morte, em torno da continuação da defesa da soberania e dos interesses superiores da nação, o responsável da brigada cubana apelou os seus companheiros a tomarem as palavras do seu “El Comandante” como uma ordem para transformarem cada espaço numa oportunidade para manter viva a sua obra com unidade, respeito e qualidade como princípio de actuação. Por isso, ante as adversidades e desafios lançaram o grito de compromisso: “Yo soy Fidel!!!” “Fidel, o maior” Segundo o chefe da Missão Cubana, não imaginou a história que aquele 13 de Agosto de 1926, em Birán de Oriente, nasceria quem viria a desafiar o mais poderoso império de todos os tempos.
Fêlo com as armas quando foi necessário e também com um legado de ideias e obras materializadas, que perdurarão para sempre, como símbolos de igualdade, esperança, emancipação e justiça social.
“Os seus discursos constituem um material de estudo valioso para as novas gerações de revolucionários, homens e mulheres de bem comprometidos com um futuro melhor”.
O representante da Associação dos Ex-estudantes Angolanos e Amigos de Cuba, Gilberto Simão, considerou a homenagem a Fidel Castro ser o reconhecimento da dimensão histórica da sua figura enquanto presidente de Cuba, estadista amigo dos povos, humanista, solidário, professor, traduzidos nos seus feitos. Ressaltou que um dos aspectos marcante da figura do “El Comandante”é sua forma de querer ver que todo mundo tivesse o mínimo básico para sobreviver e acesso à escola, para que cada cidadão pudesse encarar os fenómenos e desafios da vida com maior realidade possível.
“As lágrimas que involuntariamente os nossos olhos poderão segregar, hoje, são de alegria pela grande herança que Fidel deixou para a humanidade, a qual se resume no seu carisma e fidelidade em defesa das causas nobres dos povos de todo mundo”, sublinhou.
Para João Silva, um dos exestudantes da primeira geração pós-independência, Fidel Castro Ruz é inesquecível, por ter sido um homem que colocou de parte todos os interesses familiares e pessoais que ostentava, para se dedicar à causa de um povo. Inicialmente o povo cubano, mas pela sua opção socialista e progressista, também virou-se para o mundo em favor da independência e liberdade dos povos oprimidos. “Fidel é um génio! De tantos outros que passaram no século XX, para nós Fidel foi o maior”, elogiou.
No entanto, além de discursos e temas de elogios, a homenagem culminou com a exibição de vídeo, com excertos de alguns discursos de Fidel, heramano, revolucionário, companheiro de Moncada e de la Sierra Maestra.