Cerca de oito conjuntos musicais animaram a quarta edição do Festival das Bandas, realizada no último fim-de-semana (sábado e domingo) no espaço Prova de Arte, situado no Miramar, em Luanda. Nesta edição, o festival homenageou o guitarrista Botto Trindade
Grupos como a Banda Maravilha, Conjunto Dizu Dietu, Banda Duia, Orquestra Mizangala DT, Grupo Semba Muxima, Banda Roxane, Banda TeleStars, e outras animaram a IV edição do Festival das Bandas durante dois dias consecutivos que juntou dezenas de amantes de música ao vivo no Prova D’Arte.
Com mais de 300 minutos de música, as diversas bandas que passaram pelo palco do Prova de Arte animaram e entreteram o público com a exibição do melhor dos seus repertórios musicais.
No primeiro dia de festival (Sábado, 26), a Banda Semba Muxima foi o primeiro agrupamento a subir ao palco quando passavam menos de meio quarto da hora 17h.
Com os seus habituais instrumentos musicais tradicionais, o conjunto fundado a 02 de Abril de 1993, apresentou-se com cinco instrumentistas e duas bailarinas, trazendo vários temas na sua vasta estrada, misturando ritmos e estilos musicais entre o semba, cazukutua e uma pincelada de músicas folclóricas.
Logo de seguida, subiu ao palco a ressurgida Orquestra Mizangala DT, conjunto liderado pelo artista Dulce Trindade, que é também o seu vocalista, oferecendo ao público um misto de ritmos musicais entre canções de sua autoria e interpretações de temas de grandes ícones da música angolana como Bangão, Jovens do Prenda e do homenageado da presente edição, Botto Trindade.
Quando o relógio já passava das 19h30, a Banda Duia, na voz da sua vocalista Mara Duia e outros integrantes, deu outra dinâmica à noite ao chutarem um lamento para homenagear os astros da música angolana que já não fazem parte do mundo dos vivos.
Minutos depois, de um jeito ousado, a banda convidou o público a juntar-se à pista para uns toques de semba ao ritmo irresistível da música “Maria da horta”, que levou os convidados a “invadirem” a pista, cada um dançando a seu toque e estilo, quer em par ou mesmo a solo. Em palco passou também a Banda Maravilha, protagonista do festival, e outros conjuntos musicais.
União Kiela “engrossou” ao ritmo do carnaval Convidados pela terceira vez a se juntarem ao evento, o grupo carnavalesco União Kiela fez a pista com as suas vestes coloridas, dançando efusivamente aos ritmos do carnaval.
Com liberdade e entusiasmo, o conjunto liderado por Maravilha dos Santos desfilou na pista, com cerca de 20 elementos, a cada intervenção das bandas musicais intercalando-as em momentos de troca, a entrada de uma e saída de outra.
Numa edição que visou homenagear o músico e guitarrista Botto Trindade, o mesmo entrou em cena nos dois dias de evento acompanhado da Banda Maravilha, desfilando a sua tecnicidade e mestria no manuseio da sua guitarra.
Nostálgico foi o momento em que Botto Trindade chutou alguns temas que lhe fizeram reviver os momentos de auge da sua carreira enquanto ainda integrante do agrupamento “Bongos do Lobito”, com o qual lançou o seu primeiro disco entre 1972 e 1975.
União Kiela “engrossou” ao ritmo do carnaval
Convidados pela terceira vez a se juntarem ao evento, o grupo carnavalesco União Kiela fez a pista com as suas vestes coloridas, dançando efusivamente aos ritmos do carnaval.
Com liberdade e entusiasmo, o conjunto liderado por Maravilha dos Santos desfilou na pista, com cerca de 20 elementos, a cada intervenção das bandas musicais intercalando-as em momentos de troca, a entrada de uma e saída de outra.
Numa edição que visou homenagear o músico e guitarrista Botto Trindade, o mesmo entrou em cena nos dois dias de evento acompanhado da Banda Maravilha, desfilando a sua tecnicidade e mestria no manuseio da sua guitarra.
Nostálgico foi o momento em que Botto Trindade chutou alguns temas que lhe fizeram reviver os momentos de auge da sua carreira enquanto ainda integrante do agrupamento “Bongos do Lobito”, com o qual lançou o seu primeiro disco entre 1972 e 1975.
Dar palco e visibilidade às bandas musicais
Além das bandas musicais de Luanda, nesta edição o festival contou com a participação inédita do grupo musical da província de Cabinda, a banda Tele Stars.
O conjunto da província mais ao norte do país fez-se ao palco ontem, último dia do evento, exibindo o melhor de seu repertório com o objectivo de promover a sua marca e os ritmos folclóricos daquela província. Foram, no total, cerca de 360 minutos de música ao vivo protagonizados pelos oito conjuntos que se apresentaram em palco, cada um apresentando entre oito a dez temas musicais.
Em declarações a este jornal, Rui Nerel, director artístico do Prova de Arte, reforçou que o objectivo do Festiva das Bandas é dar visibilidade aos agrupamentos musicais que em várias ocasiões têm tido pouca expressão no mercado musical. Ressaltou ainda que o evento tem configura-se como um espaço de intercâmbio entre os grupos de diferentes gerações, bem como a promoção dos seus trabalhos, tornando-os cada vez mais visíveis para o público em geral.
“Este é um projecto que surge da necessidade de valorização das bandas musicais que muitas vezes não têm tido visibilidade e naturalmente, como as pessoas pouco conhecem pouco os seus trabalhos, procuramos fazer com que sejam vistos e apreciados pelo público”, explicou.
Acrescentou ainda que o projecto não se limita apenas a dar palco às bandas de Luanda, por isso em cada edição procura trazer sempre um ou dois conjuntos musicais de uma outra província com o intuito de criar um intercâmbio entre as bandas e expor os seus trabalhos ao público apreciador de boa música.
Sobre o festival
O Festival das Bandas é um projecto cultural de âmbito nacional que surge de uma parceria entre o Onarte e o Prova de Arte que dão vida ao “Mais Arte”.
A última edição do festival teve lugar nos dias 25 e 26 de Janeiro do corrente ano, e rendeu homenagem ao artista Augusto Chacaya, antigo vocalista do conjunto Jovens do Prenda, falecido em Setembro do ano passado.