O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou, essa quarta-feira, que considera que os Estados Unidos chegaram a um acordo com a Rússia para pôr fim à guerra na Ucrânia
“Penso que temos um acordo com a Rússia. Temos de chegar a um acordo com Zelensky”, disse Trump aos jornalistas na Sala Oval, segundo cita a AFP. “Pensei que seria mais fácil negociar com Zelensky.
Até agora tem sido mais difícil”, acrescentou. Além disso, Trump sugeriu ainda que se poderá encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, pouco depois da sua viagem à Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos.
“É possível, mas muito provavelmente não. Acho que nos vamos encontrar com ele pouco depois”, disse, após ser questionado sobre se iria encontrar-se com Putin na Arábia Saudita.
Recorde-se que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, respondeu, ontem, às críticas feitas pelo seu homólogo norte-americano por se opor ao reconhecimento da península da Crimeia como território russo, recordando a oposição à anexação pela anterior administração de Donald Trump.
“A Ucrânia agirá sempre de acordo com a sua Constituição, e estamos plenamente confiantes de que os nossos parceiros, e em particular os Estados Unidos, agirão de acordo com as suas decisões sólidas”, escreveu Zelensky no Telegram.
A mensagem foi divulgada acompanhada por uma ligação a uma declaração feita em 2018 pelo então secretário de Estado Mike Pompeo, um dos antigos subordinados de Trump no primeiro mandato (2017-2021) com quem este rompeu relações.
A declaração refere que “nenhum país pode mudar as fronteiras de outro pela força”. O texto do Departamento de Estado diz ainda que os Estados Unidos se recusam a reconhecer as reivindicações de soberania do Kremlin sobre territórios conquistados em violação do direito internacional.
Segundo o canal norte-americano CNN, que cita uma fonte diplomática, a proposta norte-americana que causou o impasse nas negociações inclui o reconhecimento da anexação da Rússia sobre a Crimeia, a par de um cessar-fogo ao longo das linhas de frente da guerra.
Qualquer iniciativa no sentido de reconhecer o controlo da Crimeia pela Rússia inverteria uma década de política norte-americana.