Empresário António Noé importou do Médio Oriente uma espécie rara de melancia do Médio Oriente e, neste momento, é o único na província a produzir a «sweet melon» – como é conhecida. O fazendeiro precisa de um “empurrão” da banca de mais ou menos um milhão de dólares para produzir e transformar alguns produtos do campo. Diz já ter remetido vários expedientes para obtenção de crédito, mas sem sucesso. Na fazenda de Noé, mais de duas dezenas de camponeses empenham-se na produção de outras culturas de maior consumo em Angola
No dia em que este jornal se fez ao campo de produção do empresário, deparou-se com dois cenários. Se, por um lado, cuidava-se de algumas plantas de melancia, recentemente lançadas à terra, por outro, carrinhas eram carregadas em direcção a vários pontos do país, com destaque para a capital do país, maior centro de consumo alimentar no país.
O verde da melancia e o acastanhado da cebola deram o ar da sua graça, sugerindo que se estava em uma zona onde se produzia alimentos para as mesas de milhões de famílias.
Da fazenda, os produtos vão, para além de Luanda, a Huambo, prevendo-se, brevemente, adentrar na província de Cabinda, porquanto já há um parceiro do empresário que se compromete a fazê-lo. Mais de duas dezenas de camponeses trabalham a terra todos os dias.
Camponeses como dona Maria Isabel davam o seu melhor para garantir que o mercado consuma um produto que melhor satisfaça os interesses de estômagos de angolanos e não só a quem se destina a produção. Isabel dividia-se em dois.
Ora ouvia as perguntas do autor destas linhas, ora dava-se a transportar para a uma carrinha as pesadas melancias, que tinham como destino a província capital de Angola, Luanda, nas circunstâncias.
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Por: Constantino Eduardo em Benguela