Por trás de cada gota de sangue derramado, há histórias de resistência e abandono de hemofílicos que enfrentam uma batalha constante por qualidade de vida. Em Angola, a realidade dos hemofílicos é ainda marcada por dificuldades: fraco diagnóstico, escassez de medicamentos e acesso ao tratamento, reduzidos profissionais na área de hematologia e a necessidade de migração forçada para Luanda em busca de cuidados básicos, onde se concentram os poucos recursos e médicos especializados
Nascido no bairro do Prenda, em Luanda, Adilson Gourgel, hoje com 32 anos, é o primogénito de três irmãos. A hemofilia, uma doença rara que impede a coagulação normal do sangue, sempre esteve presente na sua vida, embora o diagnóstico só tenha chegado quando tinha 16 anos.
A primeira manifestação da doença ocorreu ainda nos primeiros dias de vida. Após receber a vacina BCG, desenvolveu uma hemorragia interna que gerou um coágulo no braço esquerdo. Ainda bebé, a dor e o inchaço foram os primeiros sinais silenciosos de uma luta que duraria longos anos de vida.
Mais tarde, quando foi circuncidado, teve uma hemorragia prolongada, tendo inclusive sido internado durante vários dias, mas no hospital não souberam dizer oque realmente se passava.
POR: Stélvia Faria
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