Alguns professores estão a abandonar as escolas indicadas para leccionar em zonas recônditas, apesar de verem pago o subsídio de isolamento. Esta revela- ção foi feita ontem pela Ministra da Educação, luísa Grilo, durante um “café” organizado pelo CIPRA, com os jornalistas
Durante o encontro Café CIPRA com o tema Juventude, Orgulho Nacional e Produtivida- de, a Ministra da Educação, Luísa Grilo, abordou com franqueza os principais desafios enfrentados pelo sector da educação, apontando o abandono de postos por parte de professores colocados em zonas recônditas.
Segundo Luísa Grilo, na sessão que contou ainda com a presença dos ministros da Juventude e Des- porto, bem como da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, disse que muitos dos 18 mil professores formados nos últimos cinco anos são destacados para áreas com maior carência de pessoal docente, porém, acabam por abandonar as escolas após poucos meses de trabalho. “Recebem salários, recebem até o subsídio de isolamento, mas de- pois de algum tempo abandonam a escola sem dar nenhuma satisfação”, afirmou a ministra.
“A vaga fica aberta, e temos de esperar pelo próximo concurso público”, disse, situação que prejudica gravemente o funcionamento do sistema de ensino nas localidades rurais e fragiliza a resposta do Estado em garantir o direito à educação nas regiões mais distantes dos centros urbanos.