O ministro das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, ameaçou, ontem, a Argélia com medidas semelhantes às da França após a expulsão de 12 funcionários da sua embaixada em Argel, na escalada de uma crise diplomática que parecia encerrada
Segundo o canal público France2, citado pela Prensa Latina, ainda restam algumas horas para que a Argélia reconsidere a sua lamentável decisão e, assim, evitar a adopção de medidas semelhantes.
No fim-de-semana, autoridades do país do Norte de África deram 48 horas para que 12 agentes da embaixada francesa vinculados ao Ministério do Interior deixassem o país, em resposta à prisão de um funcionário consular em solo francês.
A Procuradoria Nacional Antiterrorismo de França ordenou, Sexta-feira, a prisão de três pessoas suspeitas de sequestrar o líder da oposição argelina Amir Boukhors, conhecido como AmirDZ, em Abril do ano passado, incluindo um agente de um dos consulados argelinos.
Barrot argumentou que as prisões não têm nada a ver com relações bilaterais, destacando a independência dos poderes e o caminho separado da justiça.
A Argélia, por outro lado, acusou a direita francesa, incluindo figuras como os ministros do Interior, Bruno Retailleau, e da Justiça, Gérald Darmanin, de tentarem obscurecer as relações.