Sob pena de se começar a escolher entre quem recebe tratamento e quem fica para trás, a organização não governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) enfatizou, esta terça-feira, 15, a urgência de se fazer chegar medicamentos à Faixa de Gaza, pois o stock dos fármacos só permite responder às necessidades da população durante algumas semanas.
Em declarações a RTP Notícias, o director-geral da MSF em Portugal, João Antunes, alertou para a situação alarmante que Gaza pode passar devido a esse factor.
“A Médicos Sem Fronteiras tem neste momento stock para poucas semanas. Algo como a morfina que é utilizada em cirurgias e o paracetamol. Ainda não estamos a tratar pacientes por não termos medicamentos para o fazer, mas obviamente que é um sinal de preocupação porque estamos a trabalhar com stock já para rotura. E se não haver uma rápida reposição desse material, obviamente que teremos que tomar decisões mais difíceis”, alertou.
O responsável alertou, ainda, que a destruição do único hospital que funcionava na zona norte de Gaza vai complicar ainda mais a situação que já era preocupante, numa altura que retomaram os ataques, fazendo disparar o número de pessoas a precisar de ajuda.