Até ao momento, a infra-estrutura, que vai acolher os futuros funcionários autárquicos do município do Cuito Cuanavale, tem um nível de execução física de 75 por cento e cumprimento financeiro de apenas 15 por cento, o que forçou o empreiteiro a abandonar a construção para pressionar quem de direito a honrar o compromisso
As obras do complexo autárquico e residecial do município do Cuito Cuanavale, na província do Cuando, encontram-se abandonadas há mais de oito meses por incumprimento financeiro. Até o momento, a obra tem um nível de execução física de 75 por cento e cumprimento financeiro de apenas 15 por cento, o que forçou o empreiteiro a abandonar a construção para forçar as instituições de direito a honrar com o compromisso. Entretanto, as obras tiveram início em 2021.
De lá para cá, todo o custo foi suportado pelo empreiteiro que elevou a obra a nível de 75 por cento de projecção física, sendo que, há 8 meses, teve de paralisar a construção por não ter tido resposta em relação à contra- partida financeira.
Em declarações ao jornal OPAÍS, o administrador municipal do Cuito Cuanavale, Daniel Bimbi Alfredo, disse que a obra é de âmbito do Governo central e que se está a aguardar que se retomem os pagamentos de modo a que a construção venha a ser prosseguida.
Segundo o governante, para além de acolher os futuros funcionários autárquicos, a obra está a ser construída, igualmente, no âmbito da melhoria da imagem da cidade do Cuíto Cuanavale, a julgar pelo valor arquitectónico e estético que a mesma vai dar à municipalidade que, recentemente, viu a ser ajustada à província do Cuando no âmbito da nova Divisão Político-Administrativa.
Paralisação preocupa
De acordo ainda com o administrador municipal do Cuito Cuanavale, Daniel Bimbi Alfredo, percorridos oito meses desde que o empreiteiro abandonou a obra, a situação torna-se preocupante porque, embora tenha elementos a guarnecerem o referido complexo, o mesmo pode ser vandalizado. “
O empresário arrancou com o seu valor e está a se esperar que, a nível central, termine o pagamento para beneficiar os munícipes. É um segundo piso já bem preparado com a qualidade exigida, mas o empresário consem curso no país, vamos aguardar que as coisas corram o mais rápido possível”, frisou.
De referir que o Complexo autárquico do Cuíto Cuanavale faz parte da carteira do Plano Integrado de Intervenção nos Muncípios (PIIM), levado a cabo pelo Executivo angolano, sob coordenação do Ministério da Administração do Território (MAT), e vai albergar os serviços da futura Câmara e Assembleia da Autarquia. O edifício administrativo autárquico faz parte de um conjunto previsto a ser construído em vários municípios do país.