Em homenagem ao Dia da Francofonia, que vai ser celebrado a 21 de Março, a Aliança Francesa de Luanda realizou o evento denominado Salão da Literatura Francófona, no passado sábado, 15, no Magistério Mutu-Ya-Kevela, com a participação de países onde a língua francesa é predominante
Estiveram presentes representantes de países como o Egipto, Marrocos, Suíça, França, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Mauritânia, além do Liceu Francês e várias livrarias angolanas.
A programação contou com a participação especial de um contador de histórias da República Democrática do Congo, acompanhado por um percussionista angolano.
Também foi realizado um concerto com músicos franceses que se apresentaram junto a professores angolanos do CEARTE.
A Embaixada do Reino de Marrocos esteve presente com uma exposição que incluiu livros do programa escolar do país, voltados para o público jovem, além de uma seção fotográfica que retratou a gastronomia e a cultura marroquina, com destaque para tecidos, castiçais e utensílios tradicionais.
A responsável pela exposição da Suíça, Raya Shifferle, informou que foram apresentados mais de 40 livros, abrangendo diversos géneros literários como romance, poesia e contos que serão doados a uma instituição de Luanda.
A exposição também contou com a presença de um destaque egípcio: uma estátua do rei faraó, que atraiu bastante interesse do público.
O objectivo é celebrar o Mês da Francofonia através de várias actividades que iniciaram no dia 14 até 31 do referido mês, por formas a destacar a união, a positividade e o entendimento multicultural entre os países que partilham o uso da língua francesa.
Obras francesas atraem angolanos
Mais de duzentas pessoas participaram do evento, com uma presença massiva de professores e estudantes angolanos.
Benvindo Domingos, professor de uma das instituições participantes, destacou a organização do evento e a importância de iniciativas como esta para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem.
Por sua vez, a estudante Teresa da Glória também expressou sua satisfação: “Foi uma experiência enriquecedora, tanto pela partilha de conhecimentos quanto pela interação com colegas e outras entidades. A feira foi maravilhosa!”, disse.
Organização satisfeita
Segundo a directora da Aliança Francesa de Luanda, Mélanie Lê Bihan, vários autores desses países apresentaram seus livros em francês, reforçando a ideia de que, na Francofonia, o que une os povos é o apreço pela língua francesa.
A responsável avançou que a intenção é explorar a diversidade dos países francófonos, apresentar suas culturas e destacar a importância da língua francesa, nestas actividades cujo lema está centrado na positividade, união e entendimento multicultural.
“A literatura é uma excelente forma de perceber os laços que unem esses países. As pessoas podem vir para ler, conhecer diferentes autores e entender que, mais do que nunca, é essencial promover o entendimento entre os países”, afirmou.
Mélanie Lê Bihan referiu que este evento franco-angolano foi um grande sucesso, com entrada gratuita para o público interessado, cuja adesão superou as expectativas, com um público além da média dos objectivos iniciais.
Além disso, a directora ressaltou que, no final de 2024, Angola foi aceita como país observador da Francofonia, o que, segundo ela, torna este ano ainda mais especial com a presença angolana na comunidade francófona.
Fundada em 1969, a Aliança Francesa de Luanda é uma associação Franco-Angolana sem fins lucrativos. Sua missão pedagógica e cultural visa promover a língua francesa, bem como incentivar as artes e culturas dos países francófonos.
Por meio de uma programação cultural diversificada, a instituição contribui para enriquecer o calendário cultural da cidade, realizando eventos como espectáculos, conferências, projecções de cinema, workshops, concertos e exposições.