O governador do Banco Nacional de Angola (BNA) considerou ontem, na província do Icolo e Bengo, concretamente na Zona Económica Especial, que, com a inauguração da Casa do Kwanza pelo Presidente da República, João Lourenço, o país eleva o seu ponto mais alto da modernização da gestão de meios circulantes
Segundo Manuel Tiago Dias, a infra-estrutura, cuja construção iniciou em 2021, permitirá aumentar a capacidade e a rapidez do atendimento aos bancos comerciais, aumentar a capacidade de armazenamento e processamento de notas e moedas metálicas, assim como reduzir a intervenção humana no manuseamento de numerários.
A infra-estrutura possui tecnologia digital avançada que garante o monitoramento das operações 24/24 horas, atrás de câmaras de videovigilância automáticas. A sala de processamento de moedas metálicas trata da contagem do dinheiro, processamento de moeda de todas as denominações, apurando as que podem passar para a recirculação, sendo que as impróprias são destruídas.
A imponente infra-estrutura, que comporta cinco “Casas Fortes”, com diferentes valências, nomeadamente Casa Forte de Paleta, Casa Forte de Caixa, Casa Forte de Metais Preciosos, Casa Forte de Ouro e Casa Forte de Transição, possui espaço para recepção de numerários resultantes de depósitos e de levantamentos de bancos comerciais.
Segundo o governador do BNA, em simultâneo, a Casa do Kwanza pode atender cinco bancos. O serviço vai funcionar em todas as delegações regionais, sendo que, para tal, o processo de modernização teve em conta a ca pacitação dos quadros nacionais.
Importa referir que as obras de construção civil do empreendimento estiveram a cargo da empresa OMATAPALO, com um valor de 71 mil milhões de kwanzas.
A fiscalização ficou orçada em 1,1 mil milhões de kwanzas, a favor de uma empresa alemã, aceleração do desembarque dos equipamentos 1,5 milhões de kwanzas, enquanto os serviços de consultoria e instalação de equipamentos custaram 83 milhões de euros.
Após visita guiada, o Presidente da República, João Lourenço, considerou a infra-estrutura como sendo parte da economia nacional. João Lourenço referiu ainda que os serviços que vão ser realizados se faziam em condições “muito precárias” no edifício sede do Banco Nacional de Angola, e que agora, salienta, os funcionários o farão com mais comodidade e conforto.
Para o Presidente da República, a moeda tem a ver com a soberania nacional e, com essa infraestrutura, será mais protegida. “Não é fácil, mas é necessária”, disse. João Lourenço acredita que, com toda tecnologia de ponta, a moeda nacional será mais protegida.
Questionado sobre que políticas estão a ser gizadas para a estabilização do Kwanza, o Chefe do Executivo disse que, para tal, é necessário trabalhar mais, mas sobretudo, produzir mais, porque, segundo defende, a força do Kwanza, em sua opinião, depende da força da economia nacional e do seu Produto Interno Bruto (PIB).
Localizada na nova província do Icolo e Bengo, a Casa do Kwanza vai funcionar como um centro logístico, de armazenamento, processamento e distribuição de dinheiro. O governador da província do Icolo e Bengo, Auzílio Jacob, presente na cerimônia, considerou ser um momento histórico e de regozijo para sua população, por ser mais um serviço colocado à disposição.
POR:José Zangui