Diversas autoridades e representantes de organizações internacionais fizeram-se presentes no encontro que visou abordar soluções aos problemas sociais constatados nos países menos desenvolvidos, bem como realçar o apoio garantido pela Organização das Nações Unidas (ONU) na resolução destes problemas.
A Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas (ENAC 2022- 2035), que inclui um foco específico na adaptação, constitui um dos vários planos que o executivo angolano tem apoiado e levado para garantir que o fenómeno da alteração climática seja encarado da melhor forma, como explicou Nascimento Soares, secretário de estado para a Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável.
O secretário de estado afirmou ainda que Angola valoriza o trabalho do LEG, que tem sido crucial para ajudar países vulneráveis a desenvolverem suas políticas de adaptação e aumentarem sua resiliência climática, sendo também um dos países que enfrenta desafios significativos no enfrentamento às alterações climáticas.
Por outro lado, a implementação de um programa estruturante no sul do país, que inclui a instalação de um canal de 165 km e várias albufeiras para retenção de água, foi também debatida durante o encontro, o que serve para ajustar os riscos da seca e das cheiras na região.
“Este é um esforço que já trouxe melhorias significativas para a agricultura familiar e o bem-estar das comunidades locais”, garantiu o secretário de estado. Angola, segundo conta, submeteu ao Fundo Verde para o Clima uma proposta de financiamento para a formulação do seu Plano Nacional de Adaptação, prevendo um workshop de engajamento das partes interessadas para março de 2025.
No entanto, a necessidade de financiamento ampliado para acções de adaptação é, para Nascimento Soares, um passo fundamental para alcançar os objetivos globais de resiliência climática. Os (47) Países Menos Desenvolvidos (PMD) são um grupo de nações que possuem desafios socioeconômicos únicos e significativos.
Anualmente, a ONU actualiza a classificação das nações menos desenvolvidas e, actualmente, fazem parte deste grupo países da África e da Ásia. O LEG 47, por sua vez, representa uma oportunidade crucial para a troca de experiências e a mobilização de apoio técnico e financeiro, visando acelerar a implementação de ações necessárias para mitigar os efeitos das alterações climáticas, especialmente nos países mais vulneráveis.