Participam desta 14.ª mesa-redonda especialistas africanos de educação, com particular realce para os da África do Sul, Ghana e Botsuana, com vista a unificar o pro- cesso de ensino e aprendizagem no continente.
No seu discurso de abertura, o presidente em exercício da Federação Africana das Autoridades Reguladoras de Ensino (AFTRA), Addy Mubanga, disse que a organização que dirige tem, entre outros objectivos, de preparar 12.ª Conferência de Ensino e Aprendizagem, que Angola vai acolher brevemente.
Para o efeito, estão reunidos desde ontem na cidade do Lubango 10 países membros desta organização africana fiscalizadora do ensino e valorização dos professores, composta por 25 países, para apreciarem os documentos da organização em que se destacam a qualidade de ensino nos demais países membros, cuja experiencia se pretende passar para Angola.
Por outro lado, o responsável em exercício informou que, pelos documentos de pesquisa que estão a ser discutidos, será possível ter uma experiência sobre a qualidade de ensino e aprendizagem nos países africanos. “Angola é o país anfitrião, então, esperamos dele muita coisa. Vamos apoiar Angola para o sucesso desta conferência, Angola está a participar nesta conferência há mais de 10 anos.
Por esta razão, tal como sabem, Angola comemora o 50.° aniversário da sua Independência, esta conferência é uma oferta especial. Angola é o 1.° país de língua oficial portuguesa a realizar uma conferência do género”, afirmou. Para a vice-governadora para o sector político, económico e social da província da Huíla, Maria João Chipalavela, o encontro é um exercício que permite alinhar e partilhar as políticas educativas, conhecer processos de investigação científica no continente africano.
De acordo com a dirigente, a dinâmica do mundo exige dos professores uma maior aposta na sua formação contínua, com vista a ombrear com os avanços tecnológicos. “O mundo, cada vez mais complexo e incerto, precisa que os professores continuem a investir na sua autoformação, pois o avanço da ciência e tecnologia, acompanhados pela Inteligência Artificial, nos apresentam todos os dias desafios aos quais precisamos responder, pressionados pelos paradigmas mundiais.
A educação e o ensino como políticas públicas promovem mudanças e transformam processos sociais, políticos, económicos e culturais”, disse. Por outro lado, Maria João Chipalavela afirmou que o sistema de educação e ensino visa promover a criação de competência e habilidades para a vida, que ajudem os indivíduos e cidadãos a resolverem diferentes problemas que se lhes apresentam no seu quotidiano, dentro dos seus contextos locais e globais sobre a perspectiva crítica, reflexiva, cooperativa, colaborativa e inovadora.
POR: João Katombela, na Huíla