Sem revelar o nome do candidato angolano, o ministro, que falava à imprensa angolana à margem da 46.ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo da UA, adiantou que a outra vaga será ocupada por uma senhora, ambos sem concorrência.
Sobre a reunião iniciada ontem e com término hoje, disse tratar- se de um encontro preparatório da 38.ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da UA, a decorrer de 15 a 16 deste mês. Informou que a agenda desta quarta-feira é marcada pela análise do relatório dos representantes permanentes e de todos os temas essenciais da UA previstos na agenda 2063, que abarcam toda a vida da organização, desde questões de desenvolvimento, paz e segurança, humanitárias, entre outros.
Salientou que o denominador comum para todas essas etapas da cimeira é o tema do ano – “Justiça para os africanos e afro descendentes através das reparações” – a vigorar durante a presidência rotativa de Angola na União Africana.
Relativamente ao tema, frisou que “cada país, quando assume a presidência, não inventa a roda, porque a organização tem os seus objectivos, os seus planos defini- dos, mas vem para impulsionar a agenda da organização, daí que cada país traz um tema que possa acrescentar um valor ao que já existe”.
Ainda ontem, depois da análise do relatório do Comité de Representantes Permanentes, os delegados elegeram os membros da Comissão, com vários países a concorrer, bem como os representantes nos vários órgãos da organização, incluindo o Conselho de Paz e Segurança, deu a conhecer Téte António.
Informou que Angola propôs a análise de um ponto “importante”, a Bienal da Cultura de Paz, a realizar-se em Luanda, um evento para o qual o país dirige um apelo para a participação de todos os Estados-membros, tendo em conta a responsabilidade na promoção da paz.
“Isso também concorre para o reforço do papel do Presidente da República como campeão da paz e da reconciliação em África. Na Cimeira, o momento mais alto deste percurso todo que acabo de descrever será a eleição do Presidente João Lourenço na liderança da UA”, destacou.
Para além disso, a Cimeira vai abordar outras questões importantes, como o relatório sobre o Conselho de Paz e Segurança, órgão que se vai reunir na quinta-feira, para analisar a situação no Sudão e na RDC, segundo o governante. Angola é membro do Conselho de Paz e Segurança, e tem responsabilidade, atendendo ao mandato que lhe foi conferido pela UA para tratar da questão do conflito entre o RDC e o Rwanda.
“O tema da paz e segurança é uma questão de consciência colectiva, porque sem paz e segurança não teremos desenvolvimento, promoção de infra-estruturas e financiamento”, frisou, destacando o papel do Corredor do Lobito na integração económica do continente africano.
O ministro das Relações Exteriores, Téte António, chefia a de- legação angolana ao evento que integra, entre outras personalidades, a secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, a secretária de Estado da Cultura, Maria de Jesus, e o embaixador de Angola na Etiópia, Miguel Bembe. O Presidente da República, João Lourenço, é esperado quinta-feira em Addis Abeba para assumir a presidên