Durante a audiência realizada na véspera, compareceu perante o tribunal um novo grupo de alegados autores destes crimes, constituído por 180 militares que foram detidos após buscas realizadas em diversas zonas da província de Kivu Sul.
Na Terça-feira, o tribunal prosseguiu com a identificação de todos os arguidos. “Primeiro procedemos e finalizamos com a identificação do primeiro grupo que era composto por 92 réus”, explicou o advogado Valentin Kayeye ao Actualité.
Acrescentou que após essa etapa o tribunal quis prosseguir com a investigação, mas não pôde devido à apresentação de outro grupo de envolvidos que deveriam comparecer ao mesmo tempo sob o mesmo processo de flagrante delito.
Da lista de 180 novos arguidos, apenas 23 foram identificados e espera-se que pelo menos 147 pessoas sejam identificadas esta Quartafeira antes de passarem à fase de investigação, disse Kayeye.
O julgamento começou Segunda-feira no tribunal militar de Bukavu com 84 arguidos, mas até Terça-feira outros oito soldados tinham-se juntado ao processo, bem como cinco civis.
O ministro provincial da Justiça, Faustin Mayani, disse ao Actualité que se trata de punir os responsáveis por 12 assassinatos, e acrescentou que “todos aqueles que escaparam serão capturados e enfrentarão todo o peso da lei”.
Militares de diferentes unidades são acusados de homicídio, roubo, saque, rebelião, dissipação de munições e fuga do inimigo em Katana, Mululu, Miti, Murhesa, Mudaka, Kamanyola e Kabare, onde mataram 12 pessoas em dois dias.