O Secretário de Estado para o Desporto, Paulo Alexandre Madeira garantiu recentemente na cidade do Lubango, capital da província da Huíla, que o seu pelouro, encabeçado por Rui Falcão, vai honrar os prémios em atraso de todos os atletas que conquistaram medalhas em várias modalidades dentro e fora do país, com realce para os atletas das Artes Marciais Mistas (MMA) da província da Huíla.
Paulo Madeira informou que, com a entrada em funções do actual Ministro da Juventude e Desportos, o sector iniciou igualmente um processo de revisão e reactualização de todo o “dossiêr” relativo aos prémios.
De acordo com o responsável, o processo de revisão e reactualização do “dossiêr” relacionado aos prémios em atraso começou com o levantamento da base de dados, para se apurar quantos atletas, em todo o país, e desde quando o problema se arrasta.
Sem adiantar o número de atletas e modalidades que se encontram nesta situação, Paulo Alexandre Madeira revelou que existem atletas à espera dos seus prémios há mais de 20 anos.
Na cidade do Lubango, o secretário de Estado para o Desporto adiantou que o processo de pagamento dos prémios em atraso já teve o seu início, porém o mesmo está a ser feito de acordo com uma ordem cronológica, priorizando os mais antigos.
“Nós procedemos todo um processo de verificação e reverificação daquilo que é a estrutura de premiação, por isso o que está a se passar é que nós estamos a pagar tudo o que existe de prémios em atraso, e claro, estamos a obedecer a uma ordem cronológica.
Muito provavelmente, serão de atletas que conquistaram medalhas muito recentemente em 2024”, disse. Paulo Madeira explicou que a gestão dos ministérios e de todas entidades que depende do Orçamento Geral do Estado (OGE), em cada exercício económico, dependem de verbas que são cabimentadas.
“Se eu fizer uma projeção para pagamento de prémios na ordem dos 3 mil milhões de kwanzas e eu tenho um passivo de 12 mil milhões e durante este ano as atletas ganham em competições na ordem dos 6 mil milhões de kwanzas, com certeza não teremos capacidade de honrar estes compromissos, o que nós estamos a fazer é uma programação mais realista daquilo que são os factores ligados à premiação”, adiantou o responsável.
POR:João Katombela, na Huíla