O livro, com 178 páginas, reúne depoimentos, textos de opinião, apontamentos, breves ensaios e um poema, todos dedicados a Neto, que oferece diversas perspectivas sobre a vida e obra do expresidente, promovendo reflexões culturais, filosóficas e sociais.
A mesma resulta de um caderno especial do Jornal de Angola, numa parceria conseguida com a Edições Novembro, no âmbito do Centenário de Agostinho Neto, comemorado em 2022. Deste modo, agora em livro, os textos mereceram alguns ajustes pontuais para melhor apresentação.
Segundo o organizador do evento, António Quino, a AAL procurou com este livro apresentar várias perspectivas da vida e obra de Agostinho Neto, contribuindo assim para a revolução de mentalidades a favor da liberdade.
De igual modo, promover transformações culturais, filosóficas e sonhos que redundam num mundo cada vez mais justo. “O encontro foi a primeira actividade marcada de forma presencial com o público, que a Academia realiza no âmbito da celebração da independência, embora já teenhamos estado a realizar encontros de forma virtual, como o Conversas às Quintas-feiras”, sublinhou.
50 Individualidades presentes na obra
António Quino realçou que foi ideia da AAL convidar 50 individualidades para participar do projecto, com documentos, textos de opinião, breves ensaios ou poesias.
Deste modo, o apelo foi respondido positivamente por dez membros da academia, nove investigadores, um poeta e vinte autores deram vida ao livro em destaque. Dentre os quais, o angolano Roberto de Almeida, Antonio Quino, Paulo de Carvalho, Lopito Feijó, Irene Neto, Abreu Paxe, António Fonseca, Fragata de Morais, Virgílio Coelho. Frederico Mussunda, João Papelo, Joaquim Martinho, José Manuel, Justo Muangunga, Manuel Muanza, e.
Outros, de vários países, como Frederico Mussunda, João Papelo, Joaquim Martinho, José Manuel, Justo Muangunga, Manuel Muanza, Cursino Forses, Carmén Secco, Paulo Laranjeira Francisco Topa, também fizeram constar os seus trabalhos.
“Trata-se do segundo livro da AAL, depois de em 2024 ter lançado o livro Letras Sobre as Línguas Nacionais, procurando, com estes feitos, continuar a colocar em prática os propósitos de criação da academia, criada em 2017, de promover o ensino, o estudo e o incentivo da Língua Portuguesa e das Línguas Nacionais, para além de editar obras de grande valor histórico e literário nacional”, avançou.
Apoio para promoção da literatura
Por sua vez, o presidente da AAL, Paulo de Carvalho, referiu que a instituição que dirige está a caminho de nove anos de existência. Por isso, defende que a mesma deveria contar com mais de meia dúzia de livros publicados, ao invés de ter apenas o segundo projecto.
Apesar de trabalharem afincadamente, não dispõem de recursos que permitam a publicação de mais livros no mercado, conforme o pretendido. Deste modo, chama a atenção às entidades governamentais, no sentido de inserir a AAL como um órgão de utilidade pública, para que possa beneficiar de verbas do Estado e dar continuidade aos seus projectos. Fez saber que a primeira obra, intitulada “Letras Sobre as Línguas Nacionais”, teve o apoio da Fundação Bornito de Sousa.
1000 exemplares disponíveis
Por sua vez, o director da Editora Mayamba, Arlindo Isabel, manifestou que recebeu o convite com maior satisfação, à medida que a figura do primeiro Presidente de Angola dispensa apresentação, cujas ideias representam para si um símbolo de resistência, luta, determinação e fonte de inspiração. “Foram feitos 1000 exemplares nesta primeira fase, e poderá aumentar o número de acordo com a solicitação dos leitores e do público em geral”, destacou.