Caro coordenador do jornal O PAÍS, votos de óptima Terça-feira! Com o surgimento da cólera em Luanda e arredores, espanta-me ver, em muitos locais, senhoras de baixa renda, a venderem água fresca nos sacos.
Na zona, em mercados e em pontos de muita concentração populacional, as senhoras e crianças zungam, cantando, “água fresca na embalagem, dois sacos 50 kwanzas”, sem as pessoas terem em conta o perigo, pois não se sabe onde é que se enche e a qualidade da água, mesmo assim compram e matam a sede.
Perante este cenário, só me resta dizer que estamos no fundo do poço em termos de gestão pública, mas tende-se a fingir que nada acontece, pois quem apanha cólera ou outras doenças evitáveis, por falta de saneamento básico, são aquelas da periferia de Luanda onde eu vivo.
Depois, não se pode esquecer que o regresso da doença, por má gestão, no sentido geral, deverá encher os bolsos de muita gente. Uma situação difícil.
POR:Jenito Ulalama, Sambizanga