Depois de uma longa “travessia no deserto”, o futebol feminino começa a renascer das “cinzas”, de forma tímida, uma vez que apenas 22 clubes movimentam a modalidade num país, cuja extensão é de 1.246.700 quilómetros quadrados.
O número de clubes que movimentam o desporto-rei nesta classe é motivo de preocupação para os amantes da modalidade, porque dificulta encontrar talentos para resgatar a mística da modalidade que nos anos 1990 e início dos anos 2000 esteve no seu grande momento.
Nos anos mencionados, o futebol feminino era praticado em quase todo o país, com particular realce para Luanda, a capital angolana, onde despontavam equipas como a Terra Nova, Progresso Associação do Sambizanga, Expresso, Regedoria FC (de Tony Mulato), Mártires FC do Kifangondo e outros.
Naquele época, Angola chegou por mérito próprio à fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN), em 2002, mas no período em questão houve um forte investimento por parte da Federação Angolana de Futebol (FAF) e do sector empresarial.
As fazedores da modalidade clamam por mais entrega dos dirigentes e dos empresários, de modo que nesta nova fase que o futebol feminino está a ressurgir consigam descobrir novas Guigui, Veró, Lourdes Lutonda “China”, Yolanda, Denize, Silas, e Irene Gonçalves, esta durante um torneio nacional, em 2008, marcou 22 golos num só jogo.