A vaga de detenções e responsabilização criminal de agentes do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), envolvidos em esquemas fraudulentos, está a ser encarada como uma esperança que poderá devolver aos cidadãos o direito de tratar o passaporte sem corrupção e sem a morosidade que se tem verificado naquele órgão do Ministério do Interior.
Só esta semana, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve 7 cidadãos, incluindo 4 agentes do SME, por esquema fraudulento de emissão de passaportes em Luanda.
Os infractores foram apanhados em flagrante delito no momento em que um intermediário recebia 200.000 kzs numa reprografia quando fazia a entrega de dois passaportes emitidos em 48 horas na Rua dos Mercadores.
No mesmo local, as autoridades encontraram 12 passaportes, 13 telemóveis, 33 processos de emissão de passaportes e equipamentos informáticos. A investigação revelou que a rede criminosa utilizava um esquema bem estruturado para agilizar a emissão de passaportes, incluindo a realização de agendamentos online.
Mas este não foi o único caso. Entretanto, em Dezembro do ano findo, o SIC, através da sua Direcção Nacional de Combate aos Crimes Financeiros e Fiscais, deteve Maria Emília Ladeira Pinto Cassule, directora de actos migratórios do SME. A detenção ocorreu em cumprimento de um mandado emitido pelo Ministério Público, no âmbito de um processo-crime.
POR:Domingos Bento e Onésimo Lufuankenda