Segundo o dirigente do “Galo Negro”, a estratégia da FPU é da UNITA, e ela segue os desígnios do maior partido na oposição.
“É claro que os dirigentes da FPU sentar-se-ão à mesa e traçar ideias para o futuro”, diz Dachala, que descarta que a ideia de transformar a FPU em coligação.
“Mas essa coisa de formalização de coligação de partidos não vem de nós, UNITA”, declarou Dachala. Aliás, para o histórico dirigente da UNITA, ainda é cedo para se abordar o pleito de 2027. “Nós estamos em 2025, e as eleições gerais só serão em 2027”, alertou.
O responsável frisou ainda que a FPU foi concebida com o propósito de integrar todas as forças vivas da sociedade, mas descartou a ideia de institucionalizar a união como uma coligação.
“A criação e visão da FPU, que foi pensada e analisada com muito cuidado por nós (UNITA), é trabalhar com todas as forças vivas da sociedade. Não podemos colocar a carroça à frente dos bois”, afirmou.
Marcial Dachala destacou também a trajectória da UNITA como um partido com quase 60 anos de história e alertou para o que considera ser a inexperiência de outras forças políticas no processo de decisão estratégica da FPU.
“Como alguém que acabou de nascer como partido político (PRA-JA Servir Angola) já quer dar ideias? Não pode ser alguém que nasceu hoje como partido que venha nos dizer o que fazer. Essa coisa de coligação de partidos não é nossa ideia”, concluiu.
A declaração de Dachala reflecte as divergências dentro da FPU sobre os próximos passos estratégicos da plataforma, criada em 2022 para desafiar o MPLA nas eleições gerais do mesmo ano.
De recordar que a plataforma política Frente Patriótica Unida não tem respaldo legal, todavia, é integrada pelo PRA-JA Servir Angola e pelo Bloco Democrático com quem alistados pela UNITA, correram às eleições gerais a presente legislatura, a V na história de Angola democrática.