Para o feito, Dorivaldo Teixeira diz que o Executivo pretende contar com o apoio dos financiadores do mercado interno, bem como do mercado externo, apesar de o ano 2025 demonstrar ser desafiante.
Ao falar aos jornalistas, durante a apresentação pública do Plano Anual de Endividamento de Angola (PAE-2025, Dorivaldo Teixeira afirmou que este ano Angola prevê enfrentar uma dívida que chega aos 13 mil milhões de dólares, entretanto, tem a possibilidade de pagar 14 mil milhões de dólares.
O mercado interno deverá contribuir com cerca de 3, 7 mil milhões de kwanzas, a seguir o mercado internacional com 1,5 mil milhões de dólares, sendo que já são assegurados um financiamento nos 3, 6 milhões de kwanzas.
Relativamente à dívida com a China, o responsável garantiu que as relações são equilibradas, sendo que a dívida reduziu de 20 mil milhões de dólares em 2017 para cerca de 10 mil milhões em 2025.
Dívida pública estimada em kz 57,4 biliões
No evento, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, disse que o serviço da dívida do Estado angolano, para o exercício económico de 2025, está fixado em 57,4 biliões de kwanzas (58,61 mil milhões de dólares), o que representa 63% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a ministra, nos últimos três anos, o servido da dívida angolana teve uma trajectória média de 16 mil milhões de dólares/ano, tendo a China como maior credor.
“O endividamento é um instrumento estratégico para o crescimento e desenvolvimento do nosso país, obviamente, que a solução óptima será sempre a arrecadação de receitas fiscais, a utilização de recursos próprios, mas o endividamento público é um instrumento que não podemos deixar de considerar”, afirmou.
Vera Daves de Sousa considerou a gestão da dívida pública como uma tarefa exigente, desafiante, mas fundamental para garantir a estabilidade macroeconómica e financiamento das prioridades de desenvolvimento.
Sobre o endividamento de Angola no mercado internacional, realçou que, de forma proactiva, o Governo antecipou parte do vencimento dos Eurobonds e das emissões que estariam a vencer no corrente ano.
Acrescentou que essas emissões passaram de um montante de 1,5 mil milhões de dólares para USD 864 milhões, numa “operação de sorte”, porque o Executivo entendeu ser o momento oportuno, fac- to que permitiu produzir esse ser- viço da dívida.
Na perspectiva do mercado doméstico, a titular da pasta das Finanças esclareceu que a alteração do perfil da dívida também é notável no seu novo modelo desconcentrado. Para Vera Daves de Sousa, Angola tem feito um caminho satisfatório, tendo saído de números acima 100% do PIB.
Na ocasião, Vera Daves de Sousa reafirmou o compromisso do Executivo angolano com a transparência, responsabilidade e sustentabilidade das políticas de gestão da dívida pública.
POR:Adelino Kamongua