As seis novas administrações surgiram da ascensão das comunas de Tando-Zinze, Massábi, Necuto e Miconje à categoria de municípios, bem como a estreia de Liambo e Ngoio a essa categoria.
No quadro da sua competência constitucional, a governadora provincial, Suzana de Abreu, nomeou em despachos Maria da Graça Morais para o cargo de administradora municipal do Ngoio, Margarida de Oliveira Paulo para o Liambo, Ernesto Barros André para o Tando-Zinze, Maria de Fátima Congo para o Massábi, Francisco Vany Joaquim para o Necuto e Damião Pedro Panzo para o Miconje.
Os nomeados, que juraram cumprir e fazer cumprir a Constituição da República e demais leis, foram empossados na terça-feira numa cerimónia que decorreu no palácio provincial sob orientação da governadora Suzana de Abreu.
As novas administrações municipais ora criadas carecem de tudo, principalmente de instalações administrativas próprias para começarem a funcionar. Como diz o velho adágio “quem não tem cão, caça com gato”, a estreante administração municipal do Ngoio vai funcionar provisoriamente nas instalações do pavilhão gimnodesportivo do Mbaca.
A responsável dessa nova circunscrição administrativa, Maria da Graça Morais, ciente das dificuldades e dos desafios que vai enfrentar, traçou como prioridades a criação de infra-estruturas, o melhoramento das condições sociais das populações, mormente o fornecimento de energia eléctrica e água potável e o ordenamento do referido território. Para o também novato município de Liambo, a sede administrativa será instalada provisoriamente na urbanização 4 de Abril, 11 quilómetros da cidade de Cabinda.
A sua administradora, Marga- rida Paulo, disse que as dificuldades dos cidadãos que vivem nesta localidade já foram identificadas e, por isso, “vamos começar por fazer um trabalho de constatação e daí traçar as prioridades para que, com o apoio de todos os munícipes, vejamos o desenvolvimento crescer rapidamente”, perspectivou.
Governação de proximidade No acto de empossamento, a governadora de Cabinda recordou aos nomeados sobre os objectivos da nova lei de Divisão Político-Administrativa do país, a n.º 14/24, de 5 de Setembro que visam aproximar o governante do cidadão, em vigor desde 1 de Janeiro deste ano. “Queremos que o governante viva e conviva de perto aquilo que são as alegrias, as tristezas, os ganhos e os desafios do nosso cidadão”, sublinhou.
Para Suzana de Abreu, governar é cuidar, abrir caminhos, dar acesso e criar as condições para que as pessoas possam ser felizes. Para os novos governantes, a governadora de Cabinda deixou uma mensagem: “Trabalhem com muita dedicação e afinco porque a vossa actuação, a vossa humildade e o vosso humanismo são chamados à razão para que possam transformar a vida das pessoas nos municípios onde vão exercer as vossas funções”.
Segundo Suzana de Abreu, uma vez empossado, o administrador municipal deve vestir a camisola da humildade, deixando a vaidade e a petulância de lado, e pôr os pés no chão e trabalhar. Suzana de Abreu reconheceu “os grandes desafios” que os novos administradores vão enfrentar e advertiu-os de que haverá “momentos não muito bons” mas que tudo dependerá muito da sua competência e do cumprimento das leis.
“É importante, como governante, e, sobretudo, para quem lida com o povo, o cumprimento rigoroso das leis, das regras e acima de tudo ser exemplar”, recomendou. A governadora acrescentou ainda ser muito importante passar bons reflexos e bons exemplos para a comunidade e estar por perto para poder influenciar positivamente a população. Suzana de Abreu destacou as prioridades a que os novos administradores deverão prestar atenção.
“Os acessos, a área social, a educação, a saúde e acima de tudo cuidar das pessoas”, referiu Suzana de Abreu, defendendo que o ordenamento do território deve ser uma prioridade para evitar a criação de praças em tudo que é canto.
“Temos que organizar e manter a ordem. Os desafios são muitos, mas tenho a plena certeza e a confiança de cada um de vocês. Tenham capacidade, consciência plena e competência de tornar os vossos municípios melhores sítios para se viver”, concluiu a governadora de Cabinda.
POR: Alberto Coelho, em Cabinda