A busca pela paz no continente africano vai continuar a predominar a agenda de Angola, sobretudo quando assumir, brevemente, a presidência da União Africana.
Estes e outros assuntos foram analisados ontem na reunião entre os chefes das Missões Diplomáticas e Consulares, que decorreu na Se- de do Ministério das Relações Exteriores, em Luanda.
Na abertura da referida reunião, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, destacou o papel de Angola na busca da paz em África, fundamental no Leste da República Democrática do Congo (RDC).
O chefe da diplomacia angolana sublinhou que esta reunião ocorre num momento bastante oportuno, por ser o início do ano, e lembrou que, no ano passado, Angola conseguiu a eleição à vice-presidência do Bureau da Assembleia da União Africana, factor que colocou o Presidente da República, João Lourenço, na condição favorável de assumir a liderança da União Africana, já no próximo mês de Fevereiro.
Téte António avançou que, na mesma reunião, Angola foi eleita membro do Conselho de Paz e Segurança, cujo mandato de dois anos iniciou em Fevereiro de 2024.
“A agenda do campeão para paz e reconciliação em África prosseguiu, desenvolvendo várias iniciativas, com destaque para os esforços para a pacificação do Leste da RDC, no quadro do roteiro de Luanda, que será, aliás, objecto de reflexão nesta reunião”, disse.
Ainda no cumprimento das normas estatutárias, Angola conseguiu concluir a presidência da SADC, tendo passado o legado à República do Zimbabué.
Diplomacia económica
Téte António garantiu que a diplomacia económica continua a sua trajectória e afirmação, tendo como um dos marcos a materialização do projecto de concessão do Corredor do Lobito, factor que serviu de catalisador para a visita histórica do Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, à República de Angola.
Atracção de investimentos
Por seu turno, o ministro dos transportes, Ricardo de Abreu, que também participou na reunião como convidado, destacou a importância das Embaixadas de Angola para a captação de mais investimentos.
“Precisamos de tirar partido, ainda mais, de todo esse potencial, garantindo que assim temos o interesse de investidores, particularmente a nível do investimento privado, para conseguirmos garantir a ocupação das nossas infra-estruturas, como também dos negócios e serviços do nosso país no suporte à diversificação da economia”, disse, defendendo que a solução para se assegurar a diversificação das infraestruturas e serviços é garantir que elas possam estar ao ser- viço, não só da economia nacional, mas também da economia regional e global.