Trata-se da primeira safra na fazenda “Lavoura Esperança”, implementada em 2024 no município do Lóvua, com investimento privado, no âmbito do PLANAGRÃO.
Na ocasião, o gerente da fazenda, Benjamim Hard, de nacionalidade mexicana, disse, em declarações à ANGOP, que estão plantados cerca de 340 hectares de soja, onde na primeira fase serão colhidas as 60 toneladas.
No total, a fazenda tem preparados 850 dos 9 mil hectares disponíveis, sendo 60 de milho, 340 de soja, 12 de Massango, um de arroz,igual número de trigo e de feijão. No global, a fazenda prevê a colheita de 700 toneladas de soja e seis de milho por hectare.
Fez saber que para a implementação da fazenda, foram gastos mil milhões e 140 milhões de kwanzas, sendo Kz 640 milhões em limpeza do terreno e calcário e Kz 500 milhões em sementes, adubos e agro-insumos.
Por sua vez, o director do Gabinete de Desenvolvimento Económico Integrado, Luís Quitamba, disse que estão disponíveis na província 500 mil hectares em dez dos 19 municípios para o PLANAGRÃO.
Disse que cada município (Chitato, Cambulo, Cuango, Cuilo, Capenda-Camulemba, Caungula, Lucapa, Lóvua, Lubalo e Xá-muteba) tem disponível 50 hectares. Informou que, até ao momento, o gabinete recebeu 295 processos de empresários com intenções de investir no PLANAGRÃO, acrescentando que a fazenda “Lavoura Esperança” é o primeiro projecto implementado na província.
“Temos dificuldade de financiamento dos potenciais produtores, porque a nossa banca ainda não está em altura de poder satisfaz a de- manda”, frisou.
O PLANAGRÃO vai ser desenvolvido nas quatro províncias do leste do país, nomeadamente Moxico, Lunda-Norte, Lunda-Sul e Cuando Cubango, numa área de dois milhões de hectares, num custo global estimado em 1,6 mil milhões de kwanzas. Do global do montante para o financiamento (1.6 mil milhões de kwanzas), cerca de 1.5 milhões serão operacionalizados pelo BDA e remanescente pelo FACRA.