Para se apurar as causas da morte do pescado na baía do Tômbwa, o Governo Provincial do Namibe criou uma comissão multissectorial, que tem por obrigação avaliar o fenómeno e a produção de um relatório em relação a essa ocorrência.
O director do Gabinete Provincial da Comunicação Social do Namibe, José Mário, informou, ontem, ao jornal OPAÍS, que a referida comissão é constituída pelos Gabinetes da Saúde, Pescas e do Mar, Cultura, Turismo e Ambiente, e ainda pelo Centro de Investigação Pesqueira Marítima.
“Observa-se, na costa marítima do município do Tômbwa, o ‘florescimento de alga’, também conhecido por fenómeno Limo, registando-se a alteração na coloração da água e o aparecimento de espécies de peixe mortos.
A equipa provincial multissectorial, em matéria de segurança no mar e combate à pesca ilegal, procedeu à recolha de amostras que já estão a ser analisadas nos laboratórios da EPAS – Namibe e do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira Marítima, em Luanda.
Estas análises são fundamentais para determinar, com precisão, as causas da morte do pescado por asfixia e o impacto ambiental, de modo a se tomar medidas adequadas para mitigar os efeitos adversos sobre o ecossistema marinho e a actividade pesqueira local”, disse.
Sem adiantar as quantidades, José Mário, revelou que foram isolados diversos lotes de pescado que estavam prestes a ser comercializados. “Esta comissão deu a conhecer as acções que estão em curso e as medidas que a população, empresas e operadores das pescas devem adoptar para se evitar problemas de saúde pública.
Enquanto se aguardam os resultados das amostras recolhidas, aconselha-se não utilizar a água da baía para o processamento de pescado e não consumir pescado, morto ou vivo, proveniente da baía do Tômbwa”, recomendou.
Por: João Katombela, na Huíla