Em 2015, Barack Obama retirou Cuba da lista definida pelos Estados Unidos, que inclui países como a Coreia do Norte, Irão e Síria. Já durante a Administração Trump, em 2021, a designação de patrocinador do terrorismo foi reposta.
Devido a esta designação, o Governo cubano enfrentou um agravamento das sanções económicas. Nos últimos dias de presidência, Joe Biden decidiu retirar Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo.
De acordo com um alto funcionário da administração, citado pela agência Reuters, “Biden vai ‘rasgar’ uma ordem tomada no primeiro mandato de Donald Trump na Casa Branca, que restringia algumas transacções financeiras com alguns militares e cubanos ligados ao Governo”.
Num comunicado emitido pela Casa Branca, Joe Biden afirmou que o Governo cubano “não forneceu nenhum apoio ao terrorismo internacional durante o período anterior a seis meses”, justificando assim a decisão de retirar a designação.
Após a decisão de Biden e de um acordo com o Vaticano, Miguel Díaz-Canel, presidente cubano, informou que o governo libertará “gradualmente” cerca de 553 prisioneiros condenados por crimes diferentes. A decisão de Joe Biden pode aliviar a crise que a população cubana enfrenta.
Contudo, com a posse de Donald Trump, marcada para o dia 20 de Janeiro, essa medida poderá ser revertida. É importante ressaltar que o presidente eleito nomeou como secretário de Estado Marco Rubio, filho de emigrantes cubanos que abandonaram o país quando Fidel Castro subiu ao poder, que defende a imposição de sanções contra o regime cubano.