Esse facto tem contribuído para que os recursos financeiros postos à sua disposição para a unidade sanitária fiquem muito aquém do desejado. O governante lamenta que, do ponto de visita orçamental, o hospital não esteja a ser tratado como unidade autónoma, razão por que se depare com várias limitações.
Entretanto, o governador está confiante de que, quando passar a ter recursos providos autonomamente, certame que se vai prestar melhores serviços aos utentes. Nunes Júnior admite, neste particular, que a unidade se de- bate também com problemas de natureza infra-estruturais, porém o que se tem previsto, à luz do plano orçamental para o presente exercício económico, é a construção de um novo hospital, cujo início das obras está para breve.
“Portanto, aquele hospital que vimos que está deteriorado, degradado, poderá vir a ser reabilitado no futuro”, dá nota o governante, ao assegurar disponibilidade financeira no quadro do OGE/2025. O governante volta a acentuar a necessidade de se trabalhar arduamente nos cuidados primários de saúde, sugerindo, deste modo, que os postos e centros médicos, por estarem em contacto permanente com a população, tenham as condições de que precisam para se prestar melhor assistência médica e medicamentosa.
“Vamos trabalhar, claramente, para que tenhamos um sistema que preste bons serviços a nível de base. Isso vai fazer com que a procura dos hospitais de referência seja melhor”, considera.
Infra-estruturas da Justiça “clamam” por justiça O governador de Benguela, Nunes Júnior, promete trabalho com os órgãos competentes do Ministério da Justiça, de modo a inverter o cenário de degradação das infra-estruturas, com destaque para o Tribunal da Comarca da Baía-Farta, e diz não ter gostado da falta de condições para a realização de julgamentos.
“As condições que vimos não são as mais adequadas para actividade que devem ter as nossas instituições públicas. Temos de fazer um trabalho apura- do com os órgãos competentes, o Ministério da Justiça, para melhorarmos aquilo que for possível”, promete.
O governante fala da elaboração de um programa cujo fito seja o de fazer face a uma série de problemas que o diagnóstico a que se propôs lhe permitiu detectar, em termos de deficiências infra-estruturais.
Há mais do diagnóstico de Nunes Júnior, prometido há meses, quando tomou posse. Saneamento básico, deficiência no fornecimento de água e energia, falta de salas de aula condignas são, de entre outras, que constam da panóplia de problemas que apoquentam o número «um» de Benguela, que, nos últimos tempos, tem cuidado de conhecer de perto a realidade dos municípios da província.
Fábrica de tomate «adormecida»
O timoneiro do palácio Cor-de- rosa, à Praia Morena, considera importante que o empreendimento industrial, localizado no agora município do Dombe-Grande, entre em funcionamento e cumpra os objectivos para os quais foi concebido, o de produção de tomate. “E também vão expandir para outro âmbito, como o fabrico de sumo de ananás. Também continuar a fabricar latas que, certame, a indústria, a nível da província, precisa”, declara.
O governador esteve à conversa com os donos do projecto, no caso o Grupo Empresarial Adérito Areias, e garantiu o apoio institucional de que eles vierem a precisar. Ele deseja que a fábrica seja reabilitada e inicie as suas funções e “dê emprego e com salários apropriados para os trabalhadores e, assim, sairemos todos a ganhar”, projecta. O complexo industrial dispõe, entre outras, de fábrica de lata e de tomate.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela