Lançado originalmente em Novembro de 2021, em Luanda, o projecto tem como pilares a partilha de conhecimentos sustentados por diferentes áreas do saber, com o objectivo de moralizar os agentes sociais, conscientizar sobre a cidadania, promover a inclusão participativa e reforçar a formação patriótica por meio de manifestações socioculturais.
Após um período de paralisação, causado por desafios financeiros, o relançamento marca uma nova fase de reafirmação do compromisso do Movimento Cultural do Cunene (MCC) em prol de uma Angola melhor.
A retomada não só celebra os avanços já conquistados, mas também projecta um futuro em que o projecto será realizado em outras províncias ao longo de 2025.
Segundo o coordenador do projecto, Hamilton Venokanya, os preparativos estão avançados para realizar edições em várias localidades de Abril a Novembro.
Desta feita, destaca-se também a parceria com a Mediateca do Lubango, dirigida por Wínia Silva, que sediará o evento em Maio, durante as festividades da cidade do Lubango.
“Com esta iniciativa, o MCC reafirma o papel do associativismo sociocultural e acadêmico na construção de uma Angola mais tolerante, participativa e inclusiva”, aferiu.
A retomada do projecto ganha ainda mais relevância ao se alinhar com as celebrações do 50.º Aniversário da Independência Nacional. Sob a orientação da Governadora Provincial do Cunene, Gerdina Didalelwa, o projecto é reconhecido como uma ferramenta estratégica para fortalecer o diálogo, promover a cidadania e celebrar as conquistas da história moderna de Angola.
Impacto e resultados
Desde a sua criação, já foi realizado nas províncias de Luanda, Bengo, Huíla e Cunene, com maior incidência nesta última, promovido MCC. A iniciativa contou, em sua estreia, com a participação de figuras de renome, como o linguista Benjamim Fernando e o escritor Ras Nguimba Ngola, que trouxeram reflexões fundamentais sobre cultura e cidadania.
O saldo das edições anteriores, disse, é considerado altamente positivo. No Bengo, por exemplo, foram realizadas mais de três edições; em Luanda, mais de duas; na Huíla, uma edição; e no Cunene, mais de cinco. Contudo, os organizadores ressaltam que o impacto do projecto não se mede pelo número de eventos, mas pelo seu efeito transformador nas comunidades, fomentando valores como tolerância, aceitação da diversidade e a construção de um futuro inclusivo.