O indivíduo, que reside em Angola há mais de 20 anos, vivendo como comerciante, pretendia embarcar para o Dubai com mais de 600 mil dólares norte-americanos e outras moedas estrangeiras, além de 15 lingotes de ouro.
De acordo com o Serviço de Investigação Criminal, o implicado contou com a colaboração de funcionários da Sociedade Gestora de Aeroporto (SGA) para facilitar a passagem do montante e do ouro sem as devidas autorizações legais.
“Durante a abordagem no momento do embarque, a investigação determinou que seis funcionários da SGA, com idades entre 34 e 51 anos, estavam envolvidos no esquema”, disse o porta-voz do SIC Manuel Halaiwa.
Segundo Manuel Halaiwa, os suspeitos teriam recebido mais de 2 milhões de kwanzas das mãos do irmão do cidadão gambiano para facilitar a operação. No entanto, após a detenção, o suposto líder do grupo, de 34 anos, devolveu 1 milhão 500 mil kwanzas ao intermediário, permanecendo com o restante do valor, que foi encontrado em sua residência durante as diligências investigativas.
“Há fortes indícios de que esses indivíduos não sejam primários nesse tipo de acção, devido à forma como planearam auxiliar o ci- dadão gambiano a transportar esse montante em dinheiro e os lingotes de ouro, que são minerais estratégicos e de grande importância para o Estado, cuja saída do país não é permitida nestas condições”, declarou Halaiwa.
Avança que tanto as divisas quanto os lingotes foram apreendidos e estão sob custódia da Administração Geral Tributária (AGT), sendo que os valores monetários serão depositados na Conta Única do Tesouro, enquanto o ouro terá um destino apropriado, conforme as diretrizes das empresas responsáveis pela gestão de minerais estratégicos.
Já os seis funcionários da SGA encontram-se detidos e serão apresentados ao Ministério Público para formalização das acusações. Caso o Ministério Público assim determine, os envolvidos serão levados ao juiz de garantias para aplicação das medidas de coação adequadas à gravidade dos factos.
POR:Stélvia Faria