Biden deixa assim a Casa Branca sem conseguir cumprir o seu propósito. O Presidente chegou mesmo a enviar ao Congresso norte-americano um projeto de lei que teria permitido a regularização da maioria dos 11 milhões de imigrantes sem documentos no país.
Mas, ao longo do seu mandato, foi confrontado precisamente com o aumento das travessias ilegais de fronteira. O Presidente democrata teve então de estabelecer novas regras e a autoridades passaram a reforçar a fiscalização, o que terminou com uma redução das travessias ilegais e consequentemente dos pedidos de asilo.
Autoridades federais de imigração disseram que vários fatores impulsionaram o aumento geral nas Operações de Fiscalização e Deportação durante o ano passado, particularmente para El Salva dor, Guatemala e Honduras, que aceitaram mais voos transportando pessoas deportadas dos Estados Unidos.
“Essas ações aumentaram a capacidade do Serviço de Imigração de ampliar as operações de remoção e estabeleceram as bases para o aumento das remoções no ano fiscal de 2024”, mostra o relatório.
A maioria dos deportados que cruzaram a fronteira sul norte-americana são pessoas que fugiram de regimes autoritários, pobreza e do colapso económico dos seus países após a pandemia, acrescenta o relatório, que cobriu operações de fiscalização de 1 de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2024. Dos 271.484 imigrantes deportados no ano passado, cerca de 33% tinham antecedentes criminais ou acusações criminais pendentes, de acordo com os dados de 2024.
“Violações de trânsito, delitos de drogas, violações de imigração e agressão são os principais tipos de acusações que pesaram sob os detidos”.
No ano passado, o Serviço de Imigração e Alfândega deportou 411 menores desacompanhados que chegaram sem os pais.
As autoridades deportaram mais de 49.000 familiares de migrantes no ano passado, contra quase 18.000 no ano anterior.