O Brasil já é o maior exportador de carne halal do mundo, e sua primazia tende a aumentar, afirmou à Sputnik Brasil em entrevista exclusiva o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Agropecuária, Luis Rua.
“Com a possibilidade da carne de búfalo, o Brasil se coloca como um importante parceiro na segurança alimentar dos países de maioria muçulmana e que pedem que todo o abate, toda a forma de se produzir, seja feito de acordo com os ritos do islamismo”, disse o responsável.
O ritual exige que qualquer tipo de carne só pode ser consumida se o abate incluir alguns requisitos, como a declamação das palavras religiosas e a drenagem do sangue do animal por três minutos.
Outro equisito do abate halal é minimizar o sofrimento do animal, e que seja executado preferencialmente por um muçulmano. Se não houver, deve ser feito por um judeu ou cristão.
O supervisor do abate precisa ser seguidor do Islã. “Halal em árabe quer dizer permitido. Então o Brasil cumpre com aquilo que apregoou a todos os ritos do islamismo.
O Brasil, de facto, é o maior exportador de proteína halal do mundo, mesmo no Egipto, o Brasil já sendo um grande fornecedor da carne bovina.”
Ambos integrantes do BRICS, os dois países têm incrementado a parceria ano a ano. Em 2023, o Brasil exportou para o Egipto mais de US$ 1,7 bilhão em produtos e a carne representou 22% (US$ 384 milhões desse total, 130 mil toneladas.