A ANGOP apurou numa ronda efectuada, na manhã de quinta-feira, em algumas agências de viagens sediadas nesta cidade, que a subida do preço de bilhetes deve-se à maior procura por parte dos passageiros.
A título de exemplo, na transportadora Real Express, o preço de bilhete para a capital do país passou de 7 mil e 500 para 9 mil kwanzas, ao passo que na Macon Transportes, os preços oscilam entre 7 mil e 10 mil e 500 kwanzas, dependendo da hora da viagem, havendo, para isso, um incremento de mil kwanzas.
Para quem escalar até à fronteira do Luvo indo da capital do país (Luanda), neste período da quadra festiva, deve desembolsar, por bilhete, 14 mil kwanzas, contra os 13 mil anteriores.
As viaturas ligeiras particulares com destino a Luanda e vice-versa estão a cobrar 12 mil kwanzas por passageiro, mais 2 mil, ao passo que os mini-autocarros estão a exigir 8 mil kwanzas, contra os 7 mil cobrados no início deste mês.
Sem gravar entrevista, alguns responsáveis alegam que a mudança da tarifa neste período festivo deve-se às dificuldades que encontram na aquisição de combustível nas bombas da cidade, neste período do ano.
O passageiro Miguel Queba disse que tem sido recorrente a alteração de forma unilateral dos preços de bilhetes de passagem nesta época do ano no município de Mbanza Kongo, pelo que pediu a intervenção das autoridades competentes.
“Considero esse comportamento de má-fé e falta de honestidade. Eles aproveitam a avalanche dos passageiros para praticarem preços especulativos”, disse.
Jandira Filipe, funcionária pública que todos os anos se desloca à capital do país para passar a quadra festiva junto da família, disse que os órgãos de direito deveriam tomar a peito essa situação que acontece em cada final de ano na região.
“Parece que eles aproveitam a maior procura dos serviços por parte dos cidadãos, para praticarem preços fora do normal”, desabafou. Para se circular de Mbanza Kongo para Luanda e vice-versa, os habitantes desta região têm a via terrestre como a única alternativa, já que a capital da província do Zaire não recebe voos comerciais há décadas.