Cônscios da inesgotabilidade em torno de temas à luz da literatura, com objeções que possam advir, em nosso estudo, entendemos que o discurso psicofilosófico, na literatura angolana, decorre de uma correlação entre variantes e variáveis que subjazem à dialéctica de como as diferentes lentes cognitivas do sujeito literário perspectivam e concretizam o processo de psico- criativo que se emana de um conjunto de circunstâncias acopladas à progressão literária, maturidade literária e, sobretudo, a relação entre a semiótica e signo psicolinguístico.
O prisma da nossa comunicação, por enquanto, não se funda em apresentar os textos, interpretados ou analisados, da literatura angolana. Daí que, apresentamos uma abordagem substancialmente teórica sobre as elasticidades inerentes à materialização do discurso psicofilosófico do sujeito literário em que não resume a criação a expressão simplista da palavra.
Por isso, é fundamental que não descartemos os paradigmas da criação; os contextos, as externalidades, a cosmo-sensibilidade, a cosmo-linguagem do sujeito sobre o discurso psicofilosófico.
Em função das leituras analítica, aferimos que o estado psicológico do sujeito e o seu pensar filosófico são campos autonómos em que há , possivelmente,uma autocorrelação de perspectivas, no sentido de conectarem-se ao mesmo contexto com realidade dicotómicas.
Tanto o psicológico como o filosófico são inerentes à forma como as molas dos factos e os fenómenos sociais desencadeiam descargas sensitivas no cognitivo do sujeito literário.
Depara-se com espelho, em que o seu sentir e pensar contrasta com o reflexo do espelho da realidade. A realidade é sentida pela forma como os códigos de conduta e de humanismo são desenhados na e pela estrutura funcional do sujeito literário.
A forma como filosofa sobre a vida; o que entende e como entende sobre a vida num angulo_contorno; da religião não como crença, mas como modelo orientador da positividade, em que o bem gera o bem.
No decurso do discurso psicofilosófico poderá existir uma tri-relação entre: a criação pré-concebida, a intuitiva e a comprometida, em que não se estanca o valor estético e o estilístico que são intrísecos à criação literária.
A sua pré-efectivação dá-se em torno dos ideais que sustentam as dimensões ontológicas do sujeito literário. Lê a realidade projectada pelos canais da retórica filosófica e do humanismo filosófico.
O pensamento crítico e da o autocrítica são também vias de acesso à participação activa na significação inclusiva do mundo e da história por meio do discurso psicofilosófico.
O discurso psicofilosófico, em grande medida, é motivado pela necessidade da justiça social e humanista, só para citar. Porém, é fundamental que reforcemos que todo discurso, independentemente do seu corpus de estudo, e neste itinerário, o literário, deve ser entendido dentro do contexto em que surge.
Por: Ham ilton Artes