Numa primeira fase, apenas duas empresas reportaram a sua situação de aperto financeiro por que, neste momento, passam à Associação, mas há muitas outras que também vivem o mesmo cenário, agravado com as fracas capturas devido à escassez de peixe nos mares de Benguela.
Já vai muito tempo que os homens do mar se queixam de pouca captura de peixe e que, agora, tal situação vai trazendo grandes implicações, havendo, inclusive, empresas que ameaçam mesmo fechar as portas.
“Traz transtornos, obviamente. Sem peixe, nós não podemos fazer nada”, lamenta a responsável, que olha, igualmente, para os investimentos milionários até aqui feitos por vários empresários, sobretudo em infra-estruturas e meios – com destaque para a compra de embarcações – conforme apurou este jornal de fontes do sector das Pescas.
As empresas, porém, dão o seu máximo, a fim de que possam manter os postos de trabalho e, neste particular, a presidente fala em definição de novas medidas de gestão, tendo em vista o ano de 2025, que está, praticamente, às portas.
Naty Viegas tem uma fórmula para se inverter o quadro. “Cumprirmos escrupulosamente aquilo que está estabelecido por lei, provavelmente haverá alguma luz no fundo do túnel. Houve uma alteração no Total de Captura Admissíveis.
Se cumprirmos com as medi- das de gestão, podemos ultrapassar”, sinaliza, numa clara alusão às violações sistemáticas por parte de alguns armadores, sendo alguns estrangeiros aqueles a quem se tem apontado o dedo. Viegas admite que três a quatro empresas notificaram a sua instituição a manifestar a intensão de despedir mais de mil funcionários, em função das dificuldades.
“Obviamente que é aceitável, porque sem matéria-prima não se consegue manter as empresas. Isso não se vê só no sector das Pescas, vê-se numa conjuntura geral”, considera.
Neste momento, na perspectiva de salvaguardar alguns postos de trabalho, a presidente da Associação dos Armadores Industriais de Pescas diz estar a encetar contactos, de modo a evitar despedimentos em massa, e se despeçam apenas aqueles que não fazem tanta falta à empresa.
“Para não prejudicar o sector. Isso mexe , não tem como, uma estrutura sem rendimento para poder pagar os funcionários, obvia-numa primeira fase, apenas duas empresas reportaram a sua situação de aperto financeiro por que, neste momento, passam à Associação, mas há muitas outras que também vivem o mesmo cenário, agravado com as fracas capturas devido à escassez de peixe nos mares de Benguela.
Já vai muito tempo que os homens do mar se queixam de pouca captura de peixe e que, agora, tal situação vai trazendo grandes implicações, havendo, inclusive, empresas que ameaçam mesmo fechar as portas.
“Traz transtornos, obviamente. Sem peixe, nós não podemos fazer nada”, lamenta a responsável, que olha, igualmente, para os investimentos milionários até aqui feitos por vários empresários, sobretudo em infra-estruturas e meios – com destaque para a compra de embarcações – conforme apurou este jornal de fontes do sector das Pescas.
As empresas, porém, dão o seu máximo, a fim de que possam manter os postos de trabalho e, neste particular, a presidente fala em definição de novas medidas de gestão, tendo em vista o ano de 2025, que está, praticamente, às portas. Naty Viegas tem uma fórmula para se inverter o quadro.
“Cumprirmos escrupulosamente aquilo que está estabelecido por lei, provavelmente haverá alguma luz no fundo do túnel. Houve uma alteração mente, não pode mantê-los lá, mas estamos junto da associação – e em conversa com os próprios operadores – tentar arranjar alternativas, para que não seja sucessivo a outras empresas”, disse, lamentando o facto de esse quadro vir a afectar de que maneira a arrecadação de receitas para o Orçamento Geral do Estado por parte do Estado.
“Em termos de pagamentos de impostos, não contribuímos para o próprio desenvolvimento do município (Baía-Farta)”, observa. Esse é, de resto, um quadro que preocupa o administrador municipal da Baía-Farta, Evaristo Calopa Mário, que deposita no sector pesqueiro confiança no que à empregabilidade diz respeito.
Apesar disso, Calopa está confiante de que as coisas se vão alterar, mas, por ora, vira as suas atenções para o sector salineiro, aquele que, nos últimos tempos, vem registando níveis aceitáveis de crescimento, com a introdução de novos «players», que têm contribuído para o desenvolvimento da região de que ele é titular do órgão de gestão.
POR:Constantino Eduardo em Benguela