O Andebol é a modalidade desportiva com mais protagonismo crescente entre nós, principalmente na classe feminina. O andebol é uma modalidade que orgulha o país pela sua importância e vigor no desenvolvimento do desporto nacional e pela sua afirmação a nível internacional.
Por isso, ainda festejamos o último triunfo das Pérolas, vencedoras do Campeonato Africano sénior feminino de andebol, após uma brilhante vitória frente à congénere do Senegal.
Com este triunfo, Angola conquistou o 16.º troféu e quinto título consecutivo no CAN de andebol feminino, após 2016, 2018, 2021, 2022 e mais recentemente na RDC.
É a modalidade com o melhor palmares internacional, bastando, para o efeito, lembrar o domínio de cerca de três décadas no continente pelas selecções nacionais e clubes, as boas participações em campeonatos do mundo, com destaque para o 7.º lugar em 2007, em França, 8.º no Mundial do Brasil, a excelente participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e igualmente a conquista do Mundial de clubes pelo 1.º de Agosto.
Em Kinshasa, ficou mais uma vez provado que Angola não tem adversárias em África, fruto do grande trabalho interno virado sobretudo para a massificação. Se em África mandamos nós, o próximo passo será “A Conquista do Mundo”, assegurando vitórias frente às selecções mais fortes, em torneios extra-continentais. Nesta altura, verifica-se uma transição geracional, mas, mesmo assim, Angola continua a sua saga no domínio da modalidade no continente.
A aposta na preparação das selecções nacionais e clubes com alguma regularidade em torneios de alto nível durante o ano será imperativa para escamotear a falta de competitividade em Angola e em África.
A participação em torneios ou estágios com carácter competitivo nas datas internacionais pode ser uma boa solução. Entretanto, para a consumação destes objectivos, será sempre necessário o apoio financeiro e institucional do Estado, aliás, recentemente garantido pelo ministro da Juventude e Desportos, por altura da recepção da equipa nacional proveniente de Kinshasa.
Para que se atinjam todas estas metas, os responsáveis técnicos e administrativos do andebol angolano devem continuar a primar por uma organização exemplar e comprometimento com a modalidade, sem improvisos e indefinições.
Por: Luís Caetano