“A atribuição de um empréstimo anunciado pelo Departamento do Tesouro dos EUA (…) é um banal roubo”, considerou o Ministério, em comunicado, citado pela Reuters.
Na Terça-feira, os Estados Unidos desbloqueou 209 mil milhões dólares para a Ucrânia, a sua parte do empréstimo de 50 mil milhões prometidos pelo G7 e que vai ser reembolsado com rendimentos dos bens russos no Ocidente, congelados devido às sanções.
Após meses de discussões, os dirigentes do G7 concluíram em Outubro um acordo para utilizar os rendimentos gerados pelos bens soberanos russos congelados nas suas jurisdições, em resultado das sanções internacionais, para garantir um empréstimo de 50 mil milhões em proveito da Ucrânia.
“Estes fundos, financiados pelas receitas excepcionais provenientes dos activos imobilizados da Federação Russa, vão fornecer à Ucrânia um apoio essencial”, garantiu Terça-feira a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
“O G7 rouba o dinheiro dos outros”, acusou a diplomacia russa, fustigando “o elã russófobo” do governo de Joe Biden. Nenhuma astúcia pseudo-jurídica, muito temperada com hipocrisia e com dois pesos e duas medidas, não ficará sem resposta, garantiu o Ministério russo.
Este ameaçou mesmo,: “a Federação Russa dispõe de capacidade e influência suficientes para ripostar e apreender os activos ocidentais sob a sua jurisdição”.
Ao contrário do actual presidente democrata, o presidente eleito republicano tem insistido na intenção de reduzir a ajuda dos EUA, que é vital para a Ucrânia, a partir da sua tomada de posse, marcada para pouco mais de um mês.
O montante dos activos russos congelados nos países do G7, situados na sua grande maioria na Bélgica, na câmara de compensação Euroclear, eleva-se a cerca de 300 mil milhões de euros, que rendem 3 mil milhões de euros por ano.